MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 8 de outubro de 2013

TST determina fim da greve dos Correios


Tribunal estabeleceu retorno ao trabalho na próxima quinta (10).
Dias parados terão de ser compensados em 180 dias, decidiu TST.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília

A Seção Especializada em Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou nesta terça-feira (8) o fim da greve dos Correios  e estabeleceu que todos os trabalhadores retornem ao trabalho na próxima quinta-feira (10). Embora algumas paralisações tenham começado no dia 12 de setembro, a greve geral aprovada pelos sindicatos associados à Fentect foi deflagrada oficialmente em todo o país no dia 17 de setembro.
O tribunal decidiu que a greve não foi abusiva, mas mandou que os empregados compensem os dias parados por duas horas diárias em até seis meses. O TST analisou o caso num processo de dissídio porque não houve acordo entre trabalhadores e a empresa.
Ficou definido que os trabalhadores receberão reajuste de 8% conforme acordo firmado com a
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). O aumento será retroativo a agosto. Os empregados queriam que o reajuste se estendesse para o vale-alimentação, mas ficou definido que será seguida a proposta da empresa, de 8% para os salários e 6,27% para o vale.
Parte dos sindicatos já havia aceitado a proposta de reajuste salarial de 8% oferecido pela empresa. Outros, porém, reivindicam 15% de aumento real, mais reposição da inflação entre agosto de 2012 e julho deste ano, reposição das perdas salariais desde o plano real, entrega de correspondências pela manhã em todo o país, entre outros pedidos.
Plano de saúde
O TST também determinou que o plano de saúde dos trabalhadores se mantenha como é atualmente. Os empregados têm um plano admnistrado pela empresa e qualquer alteração só pode ser feita por comissão de trabalhadores e dos Correios.
Os empregados alegavam que a empresa tentava criar brecha para passar a administração do plano para uma empresa privada. O tribunal disse que a regra deve ficar como está, ou seja, qualquer mudança deve ter o aval dos trabalhadores.
A ministra do TST Kátia Arruda defendeu que era preciso manter as regras do plano de saúde. "Essa questão do plano de saúde é vital para os trabalhadores dos Correios. São expostos a sol, chuva, principalmente os que lidam com a atividade-fim da empresa, os carteiros."
O diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), James Magalhães, considerou que o resultado do julgamento do TST foi positivo para os empregados.
"Nos outros anos o TST mandava voltar ao trabalho no dia seguinte, não dando tempo de discussão em assembleia e nem de quem é de outros estados voltarem", destacou James.
Segundo o diretor, o "ideal" seria o abono dos dias parados, mas a definição de que a compensação será de duas horas por dia por seis meses também beneficia. "Não vai haver pressão de trabalhar sábado, fim de semana. [...] No geral foi positivo, a questão da manutenção do plano de saúde. A luta da categoria é importante. Nada se consegue de graça, só na luta."

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