MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Em Manaus, grávidas em trabalho de parto esperam por leito até em pé


Familiares denunciam situação de mulheres que aguardam atendimento.
'A superlotação é uma realidade de Manaus', diz diretor geral da unidade.

Marcos Dantas Do G1 AM

Grávida espera por leito em pé, em maternida de Manaus (Foto: Marcela Nogueira/Arquivo Pessoal)Grávida espera por leito em pé, em maternida de Manaus (Foto: Marcela Nogueira/Arquivo Pessoal)
Acompanhantes de grávidas prestes a dar a luz denunciaram ao G1 a falta de leitos na Maternidade Moura Tapajós, na Zona Oeste de Manaus. Fotos tiradas por familiares das gestantes mostram mulheres que estão em trabalho de parto e seguem aguardando por um leito em pé, sentadas em cadeiras de plástico e deitadas em macas sem colchão. A situação foi registrada na noite desta segunda-feira (7), mas, segundo funcionários que não quiseram se identificar, o problema já se tornou corriqueiro na maternidade.
De acordo com Marcela Nogueira, que acompanhava a sobrinha no parto, algumas pacientes chegaram a ser remanejadas para outras maternidades, mas foram rejeitadas pelo mesmo problema da Moura Tapajós: a falta de leitos. "Elas chegaram a ir mas voltaram porque em outras maternidades a situação está a mesma. Agora que colocaram a minha sobrinha em uma maca, que nem forrada estava", disse ao G1.
Grávidas esperam também em cadeiras de plástico (Foto: Marcela Nogueira/Arquivo Pessoal)Grávidas esperam também em cadeiras de plástico (Foto: Marcela Nogueira/Arquivo Pessoal)
Luciane Borges, de 18 anos, acompanhava a irmã, que foi uma das gestantes que chegou a ser transferida para a Maternidade Azilda da Silva Marreiro, no Conjunto Galiléia, mas voltou para a Moura Tapajós. "Eles [funcionários da maternidade] disseram que não tinha leito e que ou sentava na cadeira ou tinha o filho em pé. É fácil falar, não são eles que estão sentindo dor", desabafou.
O diretor geral da maternidade Moura Tapajós, Raimar Carvalho de Araújo, confirmou a situação, e disse que o problema atinge todas as maternidades de Manaus. "Estamos tentando desde as 15h30 remanejar pacientes para outras maternidades mas até agora não há leito em nenhuma. Esta é uma realidade da cidade", completou, em entrevista ao G1.
Ainda segundo ele, os gestores, tanto da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) quanto da Secretaria do Estado de Saúde (Susam), sabem da situação e trabalham para atender a demanda. "Eles estão informados sobre essa situação, mas infelizmente essas são demandas que demoram, e enquanto isso quem precisa do sistema fica à disposição desse tipo de situação", finalizou.
O G1 contatou a Semsa, responsável pela Maternidade Moura Tapajós, mas não obteve resposta a respeito da situação registrada pelos familiares das gestantes.
Gestante foi colocada em maca sem o mínimo de conforto (Foto: Marcela Nogueira/Arquivo Pessoal)Gestante foi colocada em maca sem o mínimo de conforto (Foto: Marcela Nogueira/Arquivo Pessoal)

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