Escola será a última a se apresentar na segunda (11), no Grupo Especial.
Vila quer fazer do Sambódromo o caminho da roça para o título de 2013.
A carnavalesca Rosa Magalhães destaca que o enredo "A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo - "Água no feijão que chegou mais um" é de fácil entendimento e por isso caiu nas graças dos componentes. Ela conta que vai contar a vida do homem comum, do campo, que trabalha duro durante o dia, mas tem sempre uma comidinha gostosa o esperando em casa, assim como um bom papo com os amigos.
“A vida no interior é simples, mas é uma festa. Tem sempre alguém querendo contar um ‘causo’, aquela mesa farta e muita fé em Deus e no trabalho para ter uma boa colheita”, explica Rosa.
Para contar mais “causo”, Rosa dividiu a escola em sete setores. Além de sete alegorias, a Vila vai apresentar dois tripés. Os 3.800componentes estarão em 33 alas. O samba, de autoria de Martinho da Vila, Arlindo Cruz, André Diniz, Tunico da Vila e Leonel, vai ser defendido pelo intérprete Tinga.
O desfile, ou melhor, o caminho da roça, como diz Rosa Magalhães começa com a apresentação da terra habitada pelo agricultor, do despertar quando o homem vai para a lida no campo. Ele vem representado na frente da escola, apresentando e protegendo sua plantação, representados pelo primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira.
O segundo setor contra as agruras no campo. É neste trecho que serão representadas as inundações e as secas que atrapalham a colheita e dificultam o trabalho do agricultor. O terceiro setor é dedicado às pragas que causam enormes problemas para o homem do campo.
A vida segue seu ciclo e depois das pragas, vem o momento em que o campo começa a florescer e produzir. E a vida se renova no quarto e quinto setores, com flores, frutas, legumes e produtos que vão surgindo daí. É também o momento de destacar os imigrantes portugueses, italianos, ucranianos, japoneses e alemães, que trouxeram inúmeras culturas para o Brasil.
Rosa destaca que o sexto setor é a volta para casa, na fazenda, depois de um dia duro de trabalho. É o momento de comemorar, com festas a boa colheita, de agradecer as graças e pedir bênçãos nas procissões, para o próximo plantio.
“É quando o agricultor volta para casa, visita o ‘cumpadi’ para trocar um dedo de prosa e contar ‘causos’, toma um café, toca uma moda de viola. No interior, as pessoas recebem os vizinhos e amigos com muito carinho e tem sempre aquele fogão de lenha acesso para preparar os quitutes.
E tudo termina na festa do agricultor: um grande arraiá em pleno Sambódromo.
Parte de fantasias prontas no ateliê do barracão da Unidos de Vila Isabel (Foto: André Durão/ G1)
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