Metade da população já saiu da área, segundo a Associação de Produtores.
Moradores alegam falta de alimentos e medicamentos na comunidade.
A retirada segue de forma pacífica e, conforme a PRF, os moradores que não saírem após o prazo estabelecido terão os bens confiscados pela Justiça e devem responder pelo crime de desobediência. De acordo com Associação, muitos ainda aguardam a chegada de caminhões para retirar os pertences.
Na área em conflito faltam alimentos e medicamentos, segundo o membro da Associação dos Moradores, José Melo. "Está muito difícil a situação aqui, mas todos vão sair. As pessoas estão desmanchando suas casas para irem embora", declarou o morador.
roubaram alimentos dos índios
(Foto: Rogério Freitas)
O cumprimento dos mandados de desocupação está sendo feito entre oficiais de justiça, equipes da Força Nacional - Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Exército - além de representantes do governo federal. Desde então, vem ocorrendo vários conflitos entre os não-índios e policiais.
Revoltados, os moradores fecharam as BR-158 e MT-242, principais rotas de acesso aos municípios de Alto Boa Vista, Confresa e Porto Alegre do Norte. O tráfego de veículos ficou prejudicado.
Terra em conflito
A área em disputa tem uma extensão de aproximadamente 165 mil hectares. De acordo com a Funai, o povo xavante ocupa a área Marãiwatsédé desde a década de 1960. Nesta época, a Agropecuária Suiá-Missú instalou-se na região. Em 1967, índios foram transferidos para a Terra Indígena São Marcos, na região sul de Mato Grosso, e lá permaneceram por cerca de 40 anos, segundo o órgão.
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