Publicitário de 55 anos passou mal em praça no centro de Taubaté (SP).
Polícia Civil abriu inquérito para investigar suposta omissão de socorro.
O caso ocorreu no último dia 23 de dezembro, quando Maurício sofreu um ataque cardíaco em enquanto caminhava em uma Praça Doutor Barbosa de Oliveira, no centro da cidade. O publicitário recebeu ajuda de pessoas que estavam no local, mas não conseguiu acionar o Corpo de Bombeiros e nem o serviço de emergência do Pronto Socorro. Com a dificuldade em conseguir o socorro, ele pediu ajuda na base da Polícia Militar instalada próxima à rodoviária da cidade.
"Primeiro ligaram para ambulância e disseram que demoraria de 1h a 1h30, porque não tinha ambulância para me atender. Ligaram para o Corpo de Bombeiros e falaram que estavam em ocorrência e que também não poderiam me atender. Aí, foi quando o tenente solicitou uma viatura para me levar para o Pronto Socorro, só que esse tenente, antes de me socorrer, ele passou na porta do Pronto Socorro de Taubaté e viu as ambulâncias paradas", contou.
O publicitário que ficou aguardando atendimento
ao PS. (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)
Depois de 15 dias de internação, ele voltou ao trabalho nesta
terça-feira (8). “Hoje ainda não me sinto bem, com muita dor no peito,
não me sinto em condições de trabalhar, trabalho, porque tenho que
trabalhar e porque me deram alta. Pessoas estranhas estão se preocupando
comigo e a Saúde não se preocupou comigo", disse.ao PS. (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)
O que chama atenção nesse caso é o motivo da demora da ambulância. Segundo informações que constam no boletim de ocorrência da Polícia Militar, quando Maurício passou mal, quatro ambulâncias estavam paradas no pátio do Pronto Socorro enquanto a equipe - que deveria estar pronta para atender a população - participava de uma confraternização de fim de ano. Por essa razão, segundo a PM, os funcionários não atenderam ao chamado de emergência.
O comando da Polícia Militar informou que enviou ao Ministério Público e à prefeitura um relatório para que o caso seja investigado. A Polícia Civil instaurou um inquérito e agora vai ouvir a vítima e também os policiais que atenderam a ocorrência. "A administração pública ela tem que prestar serviço aos cidadãos, não pode haver recusa para eventual privilégio de funcionários. Isso, a lei não permite. Essa atitude é indício de crime", relatou o delegado do 1º Distrito Policial, José Luiz Miglioli.
Ainda de acordo com o delegado, os responsáveis podem responder por omissão de socorro e prevaricação, que é crime cometido por funcionário público. O Ministério Público deve analisar o caso após o retorno do recesso na próxima semana.
Outro lado
Por meio de nota, a Prefeitura de Taubaté informou que vai colaborar com a investigação da polícia e como o fato aconteceu em dezembro, nós também procuramos a gestão anterior de Roberto Peixoto (sem partido), que afirmou desconhecer o caso. Atualmente, dez viaturas fazem o atendimento no Pronto Socorro da cidade. Outras seis estão em manutenção.
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