Desenvolvimento das lavouras desanima agricultores do sul do estado.
Pode haver perda significativa da produção do grão.
Na propriedade do agricultor Ademir Toniato, em Dourados, as raízes estão secas e houve má formação dos grãos. Sem esperança de recuperar as plantas, ele resolveu acionar o seguro do banco para cobrir os prejuízos. “Vai cobrir em torno de 70% do investimento que fizemos na lavoura”, diz.
Dos 680 hectares cultivados na fazenda da família, 200 estão nas mesmas condições. Elas são da variedade superprecoce, que tem o ciclo mais curto de desenvolvimento. O custo de produção na área chegou a R$ 1000 por hectare.
Pequenas manchas amarelas em meio ao verde revelam parte das perdas na lavoura. As plantas não conseguiram se desenvolver e a soja semeada no dia primeiro de outubro será colhida a partir de 25 de janeiro com a certeza de prejuízo.
Muitos produtores anteciparam o plantio da soja visando a safrinha do milho. A variedade superprecoce, que é a mais utilizada pelos agricultores, requer uma quantidade maior de chuva em um período menor de tempo.
O agricultor Tiago Bigatão Ramos planta soja no município de Douradina. Em dezembro, foram registrados na região apenas seis milímetros de chuva, situação que preocupa. Tiago acredita que nem mesmo a variedade considerada mais tolerante à seca conseguirá resistir aos dias de estiagem.
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