A
campanha Setembro Amarelo visa conscientizar a sociedade sobre a
prevenção ao suicídio e a importância de cuidar da saúde mental. E
também serve como uma alerta em relação à automedicação em casos de
depressão e ansiedade. O farmacêutico Márcio Falcão, coordenador do
curso de Farmácia da UNINASSAU Recife, campus Graças, explica como o uso
indiscriminado traz consequências negativas ao paciente.
“A
automedicação em situações de problemas mentais pode piorar ou mascarar
os sintomas, levar à dependência de substâncias e interferir com outros
medicamentos. Por isso, é de extrema importância buscar o tratamento
adequado com um médico, preferencialmente um psiquiatra, além da
psicoterapia, com um psicólogo. Eles são os profissionais ideais para
orientar o paciente que precisa de ajuda", afirma.
"Já
o papel do farmacêutico não é apenas dispensar os medicamentos
prescritos, mas fazer o acompanhamento farmacoterapêutico, observando
possíveis interações com demais medicamentos que o paciente faz uso,
orientando sobre o melhor horário a tomar e se pode ser ingerido com ou
sem alimentos, além de fazer a ponte com o profissional médico para
monitorar possíveis efeitos adversos, os quais podem resultar na
suspensão ou troca do medicamento", afirma.
Muitas
vezes, por vergonha em buscar apoio profissional ou falta de
informação, as pessoas acabam tomando medicamentos por conta própria —
seja um ansiolítico, um antidepressivo que alguém indicou ou até mesmo
medicamentos prescritos para outros. Algumas reações adversas são:
tonturas e confusão mental, irritabilidade, arritmia cardíaca,
convulsões, agravamento dos sintomas depressivos e dependência química.
“E quando são descontinuados de maneira incorreta, o paciente pode
apresentar ansiedade intensa e crises de pânico, pois entra em
abstinência”, explica o farmacêutico.
“O
profissional de saúde é quem vai entregar o diagnóstico preciso,
definir o medicamento mais adequado para o tratamento individualizado,
assim como a dosagem correta, e orientar sobre algumas abordagens que
podem ser benéficas, como a psicoterapia, atividades físicas e mudanças
no estilo de vida", finaliza o coordenador do curso de Farmácia da
UNINASSAU Graças.
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