Com a farmacoeconomia, o Hospital
Regional do Baixo Amazonas, em Santarém, alcançou resultados importantes
no setor de quimioterapia, poupando cerca de R$3 milhões de reais nos
últimos quatro anos, com a reorganização da agenda
de pacientes.
A farmacoeconomia é um estudo realizado com
os recursos da saúde, como medicamentos e insumos, com o objetivo de
aliar qualidade do tratamento a redução de custos.
Na unidade, que pertence ao Governo do
Estado, o método é aplicado em todos os setores, com destaque para a
quimioterapia, onde o agendamento inteligente das sessões proporcionou
melhor aproveitamento das doses de medicações, resultando
no aumento da capacidade de atendimento e redução de desperdício.
A estratégia de reorganização da agenda de
pacientes foi essencial, uma vez que, além do alto número de protocolos
de tratamento, os medicamentos utilizados para quimioterapia são
perecíveis, ou seja, possuem um tempo determinado
para uso após a abertura da embalagem. A medida adotada no Hospital
Regional foi resultado de estudos da equipe assistencial, envolvendo
profissionais médicos, da enfermagem e farmácia.
“A equipe de enfermagem faz a organização
das prescrições oncológicas diariamente, de acordo com os tipos de
protocolos indicados. O atendimento é agendado buscando uma proporção
entre os pacientes e frascos dos medicamentos abertos
no dia. Assim, conseguimos manter um bom quantitativo de atendimentos
diários, sem prejudicar nenhum paciente", explica Janete Aguiar,
enfermeira e coordenadora do serviço de oncologia ambulatorial do HRBA.
A enfermeira ressalta também que, embora a
equipe de oncologia da unidade trabalhe com agendamento inteligente para
as sessões, em casos com indicação para início imediato do tratamento, o
paciente terá o seu atendimento realizado
prontamente, independentemente do planejamento para a economia de
doses.
O setor de quimioterapia do Hospital
Regional do Baixo Amazonas conta com 13 acomodações para pacientes que
realizam tratamento, entre poltronas e leitos, que antes tinham a
capacidade de atender 26 pacientes por dia. Hoje, com
a implantação da farmacoeconomia, há uma média de 30 a 35 pacientes
diariamente na quimioterapia, podendo chegar a 39, dependendo do tipo de
medicação e protocolo estipulado para o seu tratamento.
Sândrea Queiroz, farmacêutica e gerente de
Farmácia do hospital, esclarece que o método traz soluções
econômico-financeiras para a unidade, tendo como prioridade o bem-estar
dos pacientes.
“Toda a análise de utilização de uma
farmacoterapia é feita de uma maneira que seja possível visualizar qual a
melhor alternativa terapêutica e econômico-financeira para esse
paciente. O agendamento inteligente, bem como o compartilhamento
de doses, vem trazendo resultados extremamente positivos, além de
ampliar nossa capacidade”, ressalta a farmacêutica.
Os números positivos da economia se
refletem diretamente na farmácia da unidade, que é responsável pela
distribuição dos fármacos. De 2018 até julho de 2022, houve uma economia
de aproximadamente R$3 milhões de reais na unidade,
somente no setor de quimioterapia.
Kalysta Borges, médica oncologista do HRBA,
participou da equipe multiprofissional que implantou o método e destaca
que “a avaliação, seleção e padronização das terapias medicamentosas
favorece não apenas os gestores, ao otimizar
a distribuição dos recursos e permitir a minimização de custos, como
também os profissionais de saúde, permitindo que façam a melhor escolha
terapêutica, priorizando a eficácia e a segurança do tratamento, e os
usuários dos sistemas de saúde, que terão acesso
a um serviço de qualidade”.
“Esse procedimento é adotado no Hospital
Regional do Baixo Amazonas há alguns anos, em especial no serviço de
oncologia, na área de quimioterapia, com resultados muito positivos.
Trata-se de um caso de gestão inteligente, uma das
diretrizes defendidas pelo Governo do Estado e da Pró-Saúde, onde há a
utilização dos recursos de maneira a gerar economia, mas priorizando
sempre, acima de tudo, o bem-estar e a saúde dos pacientes aqui
internados, e em, tratamento ambulatorial”, corrobora
Hebert Moreschi, diretor hospitalar da unidade.
Referência em atendimentos de média e alta
complexidades para 1,4 milhão de pessoas residentes em 30 municípios da
região do Baixo Amazonas, Oeste do Pará e Xingu, o Hospital Regional do
Baixo Amazonas é gerenciado pela Pró-Saúde
e presta atendimento 100% gratuito, via Sistema Único de Saúde (SUS).
JULYANA PAIVA
ASSISTENTE de comunicação
(93) 2101-0700 (93) 98122-6465
hrba.org.br
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