Os EUA estão se blindando com a nova tensão gerada pela China em relação à Taiwan e pelas consequências da Guerra da Ucrânia e crise dos chips. Então, nesse pensamento, o congresso americano aprovou um novo pacote de incentivos para carros elétricos.
Contudo, o “escudo” protecionista americano parece ter ido mais longe que o imaginado, visto que a nova política prevê incentivos para carros elétricos feitos apenas na América do Norte.
O plano acabou com o limite de 200.000 carros iniciais por montadora e os US$ 7.500 seriam elegíveis apenas para carros feitos no México, Canadá e evidentemente em solo americano.
União Europeia e Coreia do Sul já indicaram que a medida viola as regras da OMC, uma vez que discrimina os carros elétricos importados.
Mesmo para os carros feitos na América do Norte, a nova política restringe o uso de componentes e matérias-primas para baterias de origem chinesa.
O modelo elétrico que tiver bateria com componentes chineses não será elegível ao bônus federal de US$ 7.500.
A União Europeia acredita que a política de incentivos dos EUA é “discriminatória” e vai contra as regras da OMC, a Organização Mundial do Comércio.
No caso da Coreia do Sul, o país tem acordo de livre-comércio, mas isso não afasta a ameaça de discriminação de seus carros elétricos, uma vez que ela se pauta na origem do produto e não na importação sem taxas.
A associação de produtores de veículos do país, emitiu uma nota sobre o assunto: “A Coreia está profundamente preocupada que a recente lei de incentivos fiscais para veículos elétricos do Senado dos EUA inclua disposições para fornecer incentivos fiscais que discriminem veículos elétricos e baterias importados e fabricados na América do Norte”.
A Hyundai, que anunciou um investimento de US$ 10 bilhões para os EUA, se diz “decepcionada” com a decisão americana, que irá limitar o acesso do consumidor ao mercado, ficando este apenas com uma oferta reduzida.
Na visão da montadora, a política de incentivos atrasará a eletrificação do mercado americano. A China não se pronunciou e nem será preciso fazê-lo, dada a situação atual em Taiwan, um dos maiores produtores mundiais de chips e eletrônicos.
[Fonte: Auto News Europe]
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