Especialista fala sobre as causas e quando acender o alerta para buscar ajuda profissional
Foto: Divulgação
A
pandemia da Covid-19 certamente pode ser considerada um ponto de
mudança. Os cuidados com a saúde sempre foram importantes, mas a
situação ressignificou interesses relacionados à saúde e ao bem-estar.
“A doença que mais afastou brasileiros do trabalho nos últimos anos foi a
lombalgia (dor que acomete a região lombar). E com a pandemia as
queixas de dores nas costas têm aumentado. Seja em trabalhadores que
atuam em fábricas, caixas de supermercados que ficam muito tempo
sentados ou professores de escolas públicas”, destaca Raphael Cunha,
Clínico e diretor médico da Rede SiM.
De acordo com o médico o
problema é considerando como extremamente comum, afetando entre 65 e 80%
da população mundial em algum momento da vida. Mas você já ouviu falar
em lombalgia ocupacional, em que o prejuízo atrelado às profissões pode
acelerar ou causar a dor? O uso excessivo de computadores no trabalho,
ofícios que envolvem carregamento de carga e longas jornadas de trabalho
são fatores agravantes para esta doença. Segundo a Sociedade Brasileira
de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), o atendimento de pacientes com
queixas de dores nas regiões cervical, dorsal e lombar (no pescoço e nas
costas), aumentou significativamente no período de pandemia.
Segundo
Raphael Cunha, a maioria das lombalgias são causadas por questões
mecânicas, ou seja, pelo mau funcionamento dos músculos, tendões e
ligamentos (fraqueza muscular, esforço repetitivo, excesso de peso, má
postura e mau condicionamento físico). Ele explica que, ainda que raro, a
lombalgia pode ter como causa outros problemas, a exemplo de doenças
inflamatórias, tumores, infecções, alterações nos discos e nervos. Por
isso, para um diagnóstico correto um médico deve ser consultado,
ressalta o profissional.
“O médico, preferencialmente o
ortopedista, deverá sempre ser consultado em casos de lombalgia para
que, através da coleta da história da dor e de um exame físico
minucioso, seja feito o correto diagnóstico, que é fundamentalmente
clínico”, destaca diretor médico da Rede SiM.
Entre os sinais de
alerta para que o paciente busque o atendimento médico especializado
Raphael Cunha cita estar sentindo dor há mais de dois meses, apresentar
sinais de déficit neurológico, febre, perda de peso ou trauma. Segundo
ele, o tratamento deverá ser individualizado, conforme a causa da
lombalgia. Mas, o médico destaca que praticar exercícios físicos e
perder peso são algumas das medidas necessárias para evitar e tratar a
lombalgia. “Uso de analgésicos e fisioterapia podem ser utilizados para
tratar a dor e em alguns raros casos podem ser necessários infiltração,
uso de coletes e até mesmo cirurgia”, diz o médico.
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