MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 19 de setembro de 2021

Senado espera que André Mendonça desista de STF e poupe Bolsonaro de mais um desgaste

 


Enquanto aguarda o Senado, o pastor André Mendonça prega | O Antagonista

No templo, Mendonça declarou sua submissão aos “bispos”

Mônica Bergamo
Folha

A expectativa entre senadores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) é a de que André Mendonça tome a iniciativa de desistir de sua candidatura à corte. Mesmo políticos governistas acreditam que essa seria a melhor solução, poupando Jair Bolsonaro do desgaste de ver Mendonça rejeitado no Senado.

Mas o presidente já sinalizou que não tomará a iniciativa de retirar o nome para não contrariar os evangélicos, que continuam apoiando Mendonça.

MENDONÇA INSISTE – Mendonça, por sua vez, resiste à ideia de recuar da candidatura. Ele já conversou sobre isso com integrantes do governo. E avisou que gostaria de manter seu nome até o fim, tentando forçar o Senado a votar a indicação.

Bolsonaro indicou o nome do ex-advogado-geral da União para o STF em julho. Ele precisa ser aprovado pelos senadores para o cargo, mas até hoje não foi sabatinado.

A resistência dos parlamentares a Mendonça tem várias razões: uma parte deles quer evitar que Bolsonaro consiga emplacar mais um magistrado na corte — o Judiciário tem sido um foco de resistência às ameaças golpistas do presidente.

LAVAJATISTA – O ex-advogado-geral da União é considerado também ideologicamente alinhado com o lavajatismo, que a maioria do universo político abomina.

O fato de ser “terrivelmente evangélico” atrapalha —não pela opção religiosa, mas pela submissão que André Mendonça declara ter a bispos de agremiações religiosas.

No domingo (12), ele foi a um culto na Assembleia de Deus e afirmou aos bispos que a palavra deles “sobre a minha vida é uma palavra com um peso de autoridade de Deus na Terra”. Disse que é “um discípulo” e “um servo”. E afirmou ainda reconhecer a sua “submissão”.


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