MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 6 de outubro de 2013

Voluntárias fabricam e doam próteses mamárias de tecido em Alagoas


Material ajuda a melhorar a estima de quem não pode fazer a reconstrução.
Mamas que preenchem sutiãs são confeccionadas em diversos números.

Carolina Sanches Do G1 AL
Voluntária faz prótese de tecido ara mulheres. (Foto: Carolina Sanches/ G1)A voluntária Rosa Costa mostra os moldes das próteses mamárias de tecido. (Foto: Carolina Sanches/ G1)
Buscando devolver a mulheres mastectomizadas (aquelas que se submeteram a cirurgia para retirada da mama) um pouco da estima que o câncer tirou, um grupo de voluntárias fabrica e doa próteses mamárias de tecido, para serem colocadas no sutiã. Este trabalho busca ajudar as mulheres que não puderam ou não quiseram passar por uma reconstrução da mama logo após a cirurgia. A prótese é feita com bolinhas de prolietileno, que são colocadas dentro de bolsas de tecido.
A aposentada Rosa Araújo da Costa, de 73 anos, está envolvida com a causa há 11 anos através da Rede Feminina de Combate ao Câncer em Alagoas e o Grupo Renascer. Ela garante que o trabalho é desenvolvido sem qualquer fim lucrativo. Todas as mulheres participantes são voluntárias e, além das próteses, elas fazem outros trabalhos para pacientes vítimas de câncer.

Rosa disse que já teve casos de câncer na família e que sempre percebia a dificuldade que os pacientes enfrentavam para fazer o tratamento, principalmente conseguir apoio para alimentação, hospedagem de pessoas do interior e material para fazer o acompanhamento em casa. “É um prazer muito grande poder ajudar as pessoas que já estão tão fragilizadas com a doença, faço isso de coração sem pedir nada em troca”, comentou.
Prótese são distribuidas na ONG. (Foto: Carolina Sanches/ G1)Próteses distribuídas pela ONG são confeccionadas nos tamanhos 38 e 50. (Foto: Carolina Sanches/ G1)
Sobre o trabalho com as próteses, a voluntária disse que já faz há alguns anos e que aos poucos o número de doações tem aumentado. Ela explicou que as próteses são feitas em casa, mas que um ateliê da Rede vai começar a produzir mama de tecido. O material é comprado pela Rede ou adquirido através de doações. São confeccionados diversos tamanhos que vão de 38 a 50.
“Nosso esforço é compensado quando vemos a alegria em uma mulher que se sentia triste por não ter um ou os dois seios em poder usar a prótese. Só isso já compensa todo o trabalho”, ressalta Rosa.
Para adquirir uma das próteses, a paciente só precisa passar pela assistente social da unidade de saúde e escolher o tamanho adequado da mama.
O material para doação fica em uma sala da Rede Feminina no setor de oncologia da Santa Casa de Misericórdia, parceira da ONG e referência no tratamento do câncer no estado.

A funcionária da sala, Edvani Maria da Silva explicou que, para adquirir uma delas, a paciente só precisa passar pela assistente social da unidade e escolher o tamanho adequado. “O movimento de pacientes que buscam a prótese é grande, mas graças ao trabalho das voluntárias conseguimos atender a todas”, disse.

Para a diretora da Rede Feminina de Combate ao Câncer em Alagoas, Fátima Canuto, o trabalho realizado na instituição é muito importante porque, além de ser um local de apoio as pacientes, tem uma função social muito grande quando realiza ações que buscam alertar as pessoas para a importância de prevenir a doença.
Voluntária faz protese de tecido para mulheres. (Foto: Carolina Sanches/ G1)Rosa Costa mostra as próteses de tecido confeccionadas pela voluntárias. (Foto: Carolina Sanches/ G1)
Rede em Alagoas
A Rede Feminina Nacional de Combate ao Câncer é uma organização filantrópica que existe desde 1946, com presença em 22 Estados. Fundada em 14 de março de 1973, ela foi desativada em 1984 e reativada em 2001, e desde então a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Alagoas atua com força total. Sua missão é educar, prevenir, reabilitar, prestar assistência social e reintegrar os pacientes carentes com neoplasias malignas, entre elas o câncer de mama.
   
Esse grupo, que trabalha em parceria com a equipe de Oncologia da Santa Casa de Maceió e com a Femama - Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama -, realiza encontros mensais com a participação de médicos, nutricionistas, psicólogos, advogados e voluntárias para dar apoio e orientação às pacientes.
Desfile marcou a abertura do Outubro Rosa em Maceió (Foto: Carolina Sanches/G1)Desfile com vítimas de câncer de mama marcou a abertura do Outubro Rosa em Maceió (Foto: Carolina Sanches/G1)
Campanha
Pelo quinto ano consecutivo, a Rede realiza atividades no Outubro Rosa para lembrar toda a população sobre os cuidados contra o câncer de mama. A logomarca da campanha em 2013 é uma ampulheta, que faz menção ao tempo percorrido entre o diagnóstico do câncer, entre eles o de mama, e o início do tratamento.
A logomarca da campanha em 2013 é uma ampulheta, que faz menção ao tempo percorrido entre o diagnóstico do câncer, entre eles o de mama, e o início do tratamento.
No último dia 3, um café da manhã no Shopping Pátio Maceió, no bairro do Tabuleiro, marcou o lançamento da campanha. Na ocasião, foi realizado um desfile que contou com a presença de 15 mulheres que passaram por mastectomia. Neste domingo (6), acontece a II Caminhada das Mulheres Vitoriosas, que sairá do Corredor Vera Arruda em direção ao Alagoinha, a partir das 9h da manhã.

A campanha deste ano contará também com distribuição de material informativo para a população em diversos locais da cidade de Maceió. Para finalizar o Outubro Rosa, os organizadores estão preparando uma apresentação conjunta de corais, no dia 31, a partir das 18h, no Posto 7, na Praia da Jatiúca.

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