MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Pacientes do SUS estão sem remédio para quimioterapia há 3 meses em AL


Medicamento deveria ser fornecido gratuitamente pelo Estado.
Secretaria da Saúde diz que processo de compra está na PGE.

Michelle Farias Do G1 AL

Paciente denuncia que há três meses remédio está em falta (Foto: Michelle Farias/ G1)Paciente denuncia que há três meses remédio
está em falta (Foto: Michelle Farias/ G1)
Quem precisa de tratamento quimioterápico e conta com o fornecimento gratuito do medicamento Femara-Letrozol em Alagoas enfrenta dificuldades. É que o remédio está em falta no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), uma farmácia do Estado localizada no bairro do Sanatório, em Maceió.
Maria Cícera dos Santos Moura é um dos pacientes que ganharam na Justiça o direito ao medicamento, mas está prejudicada com a carência do produto. Ela precisa tomar o remédio durante cinco anos, mas há três meses o tratamento foi prejudicado. A resposta do Estado é sempre a mesma: continua em falta. O filho de Maria Cícera, Kleydson Moura utilizou a ferramenta colaborativa VC no G1 para denunciar o descaso do Estado em relação ao abastecimento da CEAF.
Segundo Moura, além de sofrer com o processo de quimioterapia, os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) também enfrentam a falta de remédio na rede pública. Ele conta que a mãe toma o remédio há três anos, mas parou desde que o medicamento deixou de ser fornecido.
“Eles alegam que a ordem do pedido foi feita e que minha mãe precisa aguardar e pronto. Segundo os médicos, ela corre sérios riscos por não estar tomando o remédio. Já são três meses nessa luta e não falo de uma doença qualquer, mas de um câncer”, afirma.
Ainda segundo o filho de Maria Cícera Moura, eles não têm condições de comprar o remédio. “Além de eles descumprirem uma ordem judicial, tem a falta de respeito que eles mandam simplesmente esperar. Tenho medo que aconteça algo com minha mãe por uma omissão do estado”, reforça.
A reportagem do G1 esteve no CEAF e, após várias tantativas, os funcionários informaram que só podem passar informações sobre o fornecimento de medicamentos por meio de ordem judicial das 7h30 até 12h30.
A assessoria de comunicação da Secretaria da Saúde reconhe que os pacientes que precisam desse tipo de medicamento precisam ingressar com uma ação judicial para consegui-lo. Sobre a denúncia de que há três meses o remédio está em falta, a assessoria diz que o processo de compra está na Procuradoria Geral do Estado e que acredita que, com a mudança do gestor, os processos de compra foram prejudicados. A assessoria acredita ainda que até o final desse mês o remédio deve estar disponível novamente da CEAF.

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