MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Pacientes contam drama para obter diagnóstico de câncer no Amapá


Dona de casa detectou nódulo há 3 meses, mas não foi diagnosticada.
Pacientes atestam dificuldades no atendimento da rede pública.

John Pacheco Do G1 AP

Mesmo com encaminhamento 'urgente', dona de casa não conseguiu consulta em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)Mesmo urgente dona de casa não conseguiu consulta no Amapá (Foto: John Pacheco/G1)
A dona de casa Ana Cristina Castilho fez o autoexame de mama há 3 meses e descobriu um nódulo suspeito no seio esquerdo. Desde então, tem encarado uma verdadeira luta para conseguir um diagnóstico na rede pública de saúde do Amapá. "Me consultei com o ginecologista que atestou o tumor, mas não consegui imediatamente a consulta. Mesmo com o encaminhamento urgente, ainda não fui atendida por um mastologista", relata Ana Cristina.
Ana Cristina Castiho apresentando exame que constata nódulo (Foto: John Pacheco/G1)Ana Cristina Castilho apresentando exame que
constata nódulo (Foto: John Pacheco/G1)
A paciente, assim como outras em Macapá, não tem condições de custear um tratamento de câncer na rede privada de saúde. No último sábado (12), Ana Cristina, conseguiu o encaminhamento para o mastologista no Hospital das Clínicas Alberto Lima (HCAL), mas um equívoco na folha registrada pelo médico, impediu o atendimento.
"O médico assinalou como urgente o meu atendimento no Hospital Geral [HCAL] para a segunda-feira (14). Quando cheguei para a consulta me disseram que o encaminhamento era inválido porque a folha que me deram era verde, e a atendente do Hospital Geral explicou que o padrão é preto. Isso é revoltante", reclamou Ana Cristina.
Professora Suzana Machado diz que a lei ainda deixa dúvidas (Foto: Abinoan Santiago/G1)Suzana Machado recorreu ao Ministério Público
(Foto: Abinoan Santiago/G1)
As condições do atendimento ao paciente de câncer no Amapá é uma das questões que a organização do movimento Outubro Rosa quer ajudar a melhorar no Estado. Uma das integrantes do movimento, Suzana Machado, que teve uma das mamas retiradas em função da doença, condena a situação do setor de oncologia do HCAL e chegou a recorrer ao Ministério Público para garantir atendimento.
"O paciente chega a conseguir a consulta, mas não consegue o tratamento. Exames para a detecção do tipo ou do estágio de um câncer demoram a ser feitos e encurtam o prazo de vida do enfermo. Um, dois meses para quem tem câncer é uma sentença de morte", alerta Suzana.
Padre Paulo Roberto, diretor do Instituto do Câncer  Joel Magalhães (Ijoma). (Foto: Dyepeson Martins/G1)Padre Paulo Roberto diretor do Ijoma
(Foto: Dyepeson Martins/G1)
O padre Paulo Roberto Matias, fundador do Instituto do Câncer Joel Magalhães, em Macapá, uma casa de apoio para pacientes em tratamento, avalia como dramático o diagnóstico do câncer nos pacientes do estado, que na maioria das vezes é tardio.
"O doente quando chega na rede pública, o câncer já está em estado avançado. Devido a falta de diagnóstico, o tratamento se torna difícil por conta da gravidade. Com isso paciente tem o índice de cura reduzido", lamenta.

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