MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Maternidade da PB recebeu recursos do SUS sem ter realizado atendimento


Atendimentos não podiam ter sido feitos na Maternidade Adelina Ferreira.
"Unidade está praticamente inativa", diz agricultor que possui as cartas.

Inácio Ferreira Neto e Maria Helena Duarte Internauta, Santa Helena, PB

Uma das correspondências mostra que atendimento custou R$ 400 aos cofres públicos (Foto: Reprodução/Maria Helena Duarte)Uma das correspondências mostra que atendimento custou R$ 495,21 aos cofres públicos (Foto: Reprodução/Maria Helena Duarte)
O agricultor Inácio Ferreira Neto disponibilizou documentos do Sistema Único de Saúde (SUS) que apontariam irregularidades em uma unidade de saúde do município de Santa Helena, no Sertão paraibano. Por morar em um sítio e não possuir acesso à internet, Inácio contou com a ajuda de Maria Helena Duarte, que enviou o material pelo quadro de jornalismo colaborativo VC no G1. Segundo este material, correspondências enviadas para alguns moradores da cidade mostram que a Maternidade Adelina Ferreira recebeu recursos do SUS por atendimentos que não poderiam ter sido feito no local.
A reportagem do G1 tentou entrar em contato com a Maternidade Adelina Ferreira e com a Prefeitura Municipal de Santa Helena, mas as ligações não foram atendidas.
Inácio conta que a unidade de saúde mantém funcionando apenas alguns serviços. “O local está praticamente inativo há uns 10 anos. Alguns dos serviços que as cartas dizem ter sido feitos, não podiam ter sido realizados por conta da complexidade, como o tratamento de acidente vascular cerebral – isquêmico ou hemorrágico agudo (AVC)”, explica.
A carta foi enviada pelo Ministério da Saúde para saber como foi o atendimento disponibilizado pelo SUS. Nos dados do atendimento desta carta é mostrado que uma paciente foi atendida em fevereiro de 2012 para o tratamento de um AVC, custando R$ 495,21 aos cofres públicos. O objetivo da carta é que o paciente responda qual foi a qualidade do serviço.
Inácio conta ainda que falou com alguma das pessoas que receberam a carta, e elas afirmam nunca terem sequer recebido atendimento na maternidade. “Já possuo o material desde 2012 e cheguei a entrar em contato com o SUS para fazer a denúncia e ver se algo poderia ser feito. A verdade é que nunca recebi resposta e não soube de nenhuma atitude tomada neste sentido”, argumenta o agricultor.

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