Livros foram encontrados quando pá carregadeira fazia limpeza de terreno.
Delegado informou que caso deve ser encaminhado para a Polícia Federal.
Ele informou ainda que irá entrar em contato com a Polícia Federal, pois, já que os livros eram do governo federal. "São livros do MEC, então acho que interessam à União. Em relação ao local de descarte, também acredito que não fosse o mais adequado", disse, ao pontuar que o Ministério Público também deve ser acionado para verificar se houve improbidade administrativa por parte da administração pública municipal.
A atual secretária de Educação, Marinês Nascimento, disse ao G1 que a escola, onde foram encontrados os materiais pedagógicos, está desativada há aproximadamente três anos. "Antes, tinha um buraco onde deveria ser construída uma piscina e, nesse local, foram enterrados os livros. Daí começamos a mexer na horta para abastecer as creches e escolas. A intenção era colocar o esterco naquele lugar para evitar que o esterco fosse levado com a chuva. Quando começaram a fazer a limpeza com a pá carregadeira, encontraram os livros e me ligaram. Daí pedi que parassem com o trabalho", afirmou.
Marinês disse ter ficado surpresa e que não sabia exatamente como proceder naquele momento. Então, procurou a Delegacia de Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência sobre o caso. "O delegado me orientou a continuar cavando para verificar ao certo a quantidade de livros que estava enterrada, que deu aproximadamente uma tonelada", contou. "Tinha materiais novos que ainda estavam embalados. Não verifiquei se estavam atualizados, mas aparentemente eram novos", pontuou.
À reportagem do G1 a ex-secretária de Educação do município, Livrada Fernandes, afirmou que os livros foram enterrados em novembro do ano passado. Alguns porque estavam desatualizados e outros porque estariam contaminados com urina de ratos e fezes de pombos. "Esses materiais estavam guardados no almoxarifado da Secretaria de Educação, onde teve uma infestação de pombos. Fizemos uma reunião para verificar a destinação desses livros por causa da sujeira de pombos e urina de ratos. Não tinha como os alunos teêm contato pelo risco de doenças. Também tinha materiais que estavam desatualizados com a nova regra ortográfica da língua portuguesa", argumentou.
Ela alega, porém, que todas as medidas foram tomadas antes do descarte dos livros. Disse ter procurado uma empresa de reciclagem, mas a única existente no município não reutilizava materiais desse tipo, apenas papelão. "Pensamos em mandar esses livros para outra cidade, entramos em contato com as empresas de reciclagem, mas o frete ficaria muito caro", disse, ao argumentar que tentou de todas as formas encontrar outra destinação para o material, inclusive a incineração, porém, todas elas foram frustradas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário