Anúncios da empresa alcançam quase todos os usuários de internet do país.
boo-box veicula 3 bilhões de anúncios por mês em páginas e redes sociais.
independentes (Foto: Divulgação/boo-box)
Para conseguir fazer isso, a empresa desenvolveu uma tecnologia que integra e mapeia os usuários de 370 mil blogs, sites independentes e perfis em redes sociais e direciona a publicidade de forma selecionada de acordo com o perfil de uso da internet, os interesses e a região em que o usuário está. “Você entrou no Google e colocou: ‘qual o melhor pneu para meu carro?’. Geralmente você clica em sites independentes, blogs sobre carros, então, em média, as pessoas entram em mais de um site afiliado à boo-box por dia”, explica Marco.
O robô desenvolvido por eles analisa 42 características de cada computador que acessa um dos sites afiliados e avalia o perfil da navegação. Vendo em que tipos de site a pessoa entra – se tem textos curtos ou longos, muitas ou poucas fotos, uma linguagem formal ou coloquial, por exemplo –, a empresa aprende que tipo de comportamento o usuário tem e usa o mapeamento para definir para quem vão os anúncios.
Escala
O diferencial, na hora de direcionar os anúncios, é a escala que a boo-box alcança, aponta Marco. “Muitas empresas de publicidade analisam dados da navegação dos usuários, mas nenhuma consegue colocar anúncios em sites independentes na mesma escala que fazemos, em 3 mil, 10 mil sites e milhares de perfis de twitter ao mesmo tempo”, diz, se referindo aos 42 mil sites que veiculam os anúncios – e ganham por isso.
Uma campanha da Guaraná para ensinar as mães a navegar na internet, por exemplo, alcançou 14 milhões de visualizações, entre vídeo, mídia gráfica e publieditoriais em sites afiliados à boo-box, segundo o empresário.
O negócio começou em 2006 pelas mãos de Marco e um outro funcionário e hoje tem uma equipe com 50 pessoas. Os clientes começaram a chegar em 2009 – eram quatro, hoje passam de 1.500.
Tamanho
A empresa não divulga o faturamento, mas aponta entre os 500 grandes clientes (há outros 1.000 pequenos) empresas como Claro, Vivo, Microsoft, Itaú, Fiat, Unilever e P&G, responsáveis por 90% do faturamento. Também já recebeu US$ 300 mil em investimentos de fundos internacionais como o Monashees Capital, fora alguns outros milhões de dólares do Intel Capital, segundo Marco.
Mas nem só de grandes anunciantes vive a boo-box – 10% do faturamento vem de mil clientes pequenos, que pagam a partir de R$ 10. Empresas como clínicas de estética, recuperação, cursos de inglês, fabrica de tinta de parede, e-commerce que conseguem divulgar seus produtos para um público bem específico.
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