Em um dia normal, cerca de 60 navios aguardam liberação.
Remédios fiscalizados pela Anvisa levam 30 dias para serem liberados.
Contêineres ficam acumulados por causa da greve (Foto: Carlos Nogueira/A Tribuna de Santos) A greve de categorias importantes para a liberação de cargas que entram ou saem pelo Porto de Santos, no litoral de São Paulo, tem provocado enormes filas de navios esperando autorização para atracar. Nesta segunda-feira (13), 152 embarcações ficaram paradas na barra aguardando liberação, mais do que o dobro de um dia normal, quando esse número fica em torno de 60 navios.
Com a movimentação atrasada, os contêineres começam a acumular nos terminais. O presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros, Cláudio de Barra Nogueira, explica que para carregar um conteiner que tenha sido liberado pela Alfândega, leva-se de 2 a 3 dias. Porém, com a greve dos servidores, esse número é bem diferente. Segundo ele, a lentidão já começou a atingir os produtos considerados de urgência. "Os medicamentos têm que ser fiscalizados pela Anvisa e, na greve, isso leva de 20 a 30 dias tranquilamente", afirma Nogueira
Por dia, o importador paga uma taxa entre R$ 40 e R$ 60 pelo aluguel do contêiner, além da taxa de permanência no porto. Com isso, as empresas gastam mais dinheiro e vendem os produtos por um valor maior para os comerciantes. O resultado disso é que os consumidores também acabam pagando essa conta. Além disso, a demora pode causar desabastecimento de produtos importados e de primeiras necessidades na região e no país, como remédios e alimentos.
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