Quase US$100 milhões em produtos estão parados no Porto Seco.
Paralisação atinge Anvisa, Ministério da Agricultura e Receita Federal.
Segundo o Sindicato da Indústria Farmacêutica de Goiás (Sindifargo), até as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) correm risco. O abastecimento de medicamentos deve ficar comprometido nos próximos dez dias.
A greve começou há quase um mês, junto com a Operação Padrão, da Receita Federal. As categorias pedem melhores condições de salário e contratação de novos profissionais.
Com a paralisação do Ministério da Agricultura, algumas cargas ficam sem o controle de pragas e não podem ser retiradas. Sem a conferência dos produtos pela Anvisa, os processos demoram a chegar até os fiscais da Receita Federal, que só estão liberando uma carga por dia. Já são mais de 106 carregamentos parados.
Com a situação, o pólo farmoquímico é um dos mais prejudicados. Os empresários calculam prejuízo com o pagamento de taxas de armazenamento, impostos e queda brusca na produção pela falta de insumos.
Falta de remédios
O prejuízo também afeta diretamente a população, por causa do alto risco de desabastecimento de remédios, tanto nas farmácias, quanto nos programas assistenciais do Governo Federal.
Já nos hospitais podem faltar kits para exames, como de sangue, por exemplo, e outros insumos. “Outro prejuízo que nós temos é a paralisação da produção. Nós temos ameaça até de colocar departamentos inteiros da fábrica em férias coletivas porque com a falta de insumos não tem como produzir medicamentos”, explica o presidente executivo do Sindifargo, Marçal Henrique Soares.
A Anvisa disse que firmou convênio com os estados para agilizar as ações de vigilância sanitária. Reconheceu que o ritmo do atendimento foi afetado, mas alegou que o trabalho não deixou de ser feito.
O Ministério da Agricultura informou que todos os fiscais agropecuários devem manter os serviços essenciais para não prejudicar as atividades de inspeção. A pessoa responsável pelo assunto na Receita Federal não foi encontrada.
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