Julia Lindner
Estadão
Integrantes do Palácio do Planalto veem apenas uma saída para o impasse com o Congresso: pagar as emendas parlamentares e destravar as nomeações políticas nos Estados e ministérios. Os dois pontos são alvos de críticas por parte de congressistas, que reclamam de acordos não cumpridos pelo governo.
O assunto virou tema da reunião de emergência convocada por Lula (PT) com os ministros palacianos para tratar da MP dos Ministérios, que teve que ser adiada ontem e está prestes a perder validade.
LULA E LIRA – Após o encontro, Lula também ligou para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em um esforço para conter as insatisfações no Congresso.
Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha foi pessoalmente ao encontro de Lira, que reuniu líderes na residência oficial pela manhã para tratar do mesmo assunto. Foi Padilha o responsável por colocar Lula em contato com o presidente da Câmara.
Segundo aliados de Lira, o alagoano disse a Lula que cabe ao governo organizar a sua base de apoio e que não pode arcar sozinho com as derrotas em plenário.
REUNIÕES PERIÓDICAS – Parlamentares e ministros da base aliada defendem que Lula faça reuniões periódicas com líderes partidários para ficar mais próximo da articulação política, que tem sido relegada por ele.
A ideia foi defendida diretamente ao presidente, na semana passada, por senadores do MDB que apoiam o governo.
Em outra frente, presidentes de partidos da base aliada também já sugeriram que gostariam de se reunir com Lula a cada 15 dias para estreitar a relação.
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