POLITICA LIVRE
O Google anunciou, na noite de sábado (27), que baniu da sua loja de aplicativos a desenvolvedora Magnus Games, responsável pelo jogo Simulador de Escravidão. Nele, os jogadores podiam comprar escravos, praticar castigos físicos, enriquecer com o trabalho deles e evitar rebeliões e fugas.
Procurada, a Magnus Games não se manifestou até a conclusão deste texto.
Segundo a assessoria de imprensa do Google, a desenvolvedora foi banida da Play Store na quinta (25).
O jogo Simulador de Escravidão foi lançado no dia 20 de abril e contava com mais de mil downloads, além de diversas avaliações positivas. Após repercussão negativa, o Google removeu o jogo da loja e afirmou que tem um conjunto de políticas que visam manter os usuários seguros e que devem ser seguidas por todos os desenvolvedores.
Neste sábado (27), a Educafro Brasil ingressou na Justiça com uma ação civil pública contra o Google em que pede R$ 100 milhões de indenização pelo fato de a empresa ter disponibilizado em sua loja o aplicativo.
“Chega a ser inacreditável que, em pleno ano de 2023, a população negra, não só do Brasil, mas de todos os países onde o fato repercutiu, a testemunhar a maior empresa de tecnologia do mundo inteiro auferir com racismo explícito e clara apologia à escravidão, violência física, verbal e sexual de pessoas negras como forma de entretenimento”, afirma a Educafro na ação.
Em nota, o Google afirma ter um “conjunto robusto de políticas que visam manter os usuários seguros e que devem ser seguidas por todos os desenvolvedores”.
“Não permitimos apps que promovam violência ou incitem ódio contra indivíduos ou grupos com base em raça ou origem étnica, ou que retratem ou promovam violência gratuita ou outras atividades perigosas”, informa a plataforma.
“Qualquer pessoa que acredite ter encontrado um aplicativo que esteja em desacordo com as nossas regras pode fazer uma denúncia. Quando identificamos uma violação de política, tomamos as ações devidas. E, em casos graves, podemos tomar medidas mais rígidas, incluindo proibir o desenvolvedor de publicar novos aplicativos no Google Play”, completou o Google, na nota.
Mônica Bergamo/Folhapress
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