MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Lula já está enfrentando os primeiros problemas políticos, que tendem a se multiplicar

 



Chargistas e cartunistas imaginam o novo governo - 01/11/2022 - Poder - Folha

Charge do Galvão Bertazzi (Arquivo Google)

Denise Rothenburg
Correio Braziliense

Neste momento em que baixa a poeira dos atos de 8 de janeiro e o presidente troca o comando do Exército, os problemas políticos que o presidente Lula irá enfrentar começam a aparecer. O primeiro é a incerteza sobre o tamanho da base do governo na Câmara e no Senado, tema, aliás, que Lula evitou detalhar na entrevista à Globonews.

E, embora haja uma unidade em defesa da democracia, esse “vamos dar as mãos” não se manterá na hora de votar os projetos no Parlamento.

POÇO DE MÁGOAS – Até aqui, o União Brasil, como o leitor da coluna já sabe, é um poço até aquI de mágoas. Os parlamentares do partido não se consideram representados pelo ministro Waldez Goes, indicado por Davi Alcolumbre. Um grupo de deputados se prepara para uma declaração de independência e para discutir caso a caso as votações propostas por Lula.

No MDB, apesar da boa vontade e da parceria de um grupo majoritário, o fato de o PT querer revisar o processo da presidente Dilma Rousseff e tatuar na testa dos emedebistas a tarja de golpistas teve resposta imediata do partido.

Em suas redes, o MDB fez circular em letras garrafais que o governo “erra” ao chamar de golpe uma decisão do constitucional tomada pelo Congresso e STF, dois Poderes da República”.

PARA BONS ENTENDEDORES… – Após a demissão do comandante do Exército, o relacionamento do presidente Lula com os militares deve servir de marco da retomada do comando das Forças Armadas pelo poder civil constitucionalmente instalado no Planalto.

A ideia do governo é tocar nos assuntos afeitos à caserna, conforme adiantou o próprio Lula em entrevista à Globonews. Um recado claro: da política, cuidamos nós. Da estrutura de defesa, contra ameaças externas, cuidam vocês.

Da parte dos militares, é preciso realinhar as Forças Armadas. Afinal, se houver punição a quem apenas participou de manifestações e saiu de perto quando percebeu o que estava em curso, vai passar ideia de perseguição.

BANCO CENTRAL – As exonerações no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e nos cargos palacianos não terminaram. O governo está a cada dia mais convencido de que o coração do Poder Executivo deve ser eminentemente civil. Inclusive nessas áreas de ajudância de ordens e de inteligência.

E a fala de Lula à Globonews deu a entender a muitos deputados que a autonomia do Banco Central incomoda o seu governo. Só tem um probleminha: A preços de hoje, não haverá maioria no Congresso para que o Poder Executivo — leia-se Ministério da Fazenda — retomar o comando da instituição.

Deputados de vários partidos estão dedicados a manter o Coaf — Conselho de Controle de Atividades Financeiras — no Banco Central. Entre o ministro Fernando Haddad e o BC, preferem deixar essa poderosa ferramenta com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, a quem as deputadas chamam de “o bonitão”.

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