Gustavo Zucchi
Metrópoles
A decisão de Lula de dar ministérios importantes para o Centrão desagradou lideranças petistas, que veem um “erro estratégico” do presidente eleito nas escolhas. A avaliação é de que, diante de suas divisões internas, União Brasil, PSD e MDB, que levaram nove pastas, não conseguirão entregar todos os votos no Congresso que prometeram a Lula
A aposta de petistas é de que alguns ministros do Centrão “não duram seis meses”, diante da necessidade de Lula de rever as indicações em busca de apoio mais substancial, sobretudo na Câmara.
NINHO DE CORRUPÇÃO – Aliados de Lula também lembram que os escândalos de corrupção nos governos petistas anteriores sempre envolveram partidos de centro que tinham ministérios.
A escolha que mais irritou os petistas foi a do deputado federal Juscelino Filho (União-MA) para o Ministério das Comunicações, pasta considerada “estratégica” pelo PT. Lula só conheceu Juscelino Filho ao anunciar a indicação. Antes da eleição, o deputado era bolsonarista e fazia campanha contra o PT.
Ao escolher Juscelino, Lula preteriu o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), que acabou sendo realocado de Comunicações para o Ministério do Desenvolvimento Agrário. A própria nomeação de Teixeira, aliás, irritou alas do PT, que se sentiram desprestigiadas. Esses petistas dizem que o deputado é ligado à área de segurança e não teria a experiência necessária para comandar a pasta.
Chegam a Brasília muito mais petistas do que bolsonaristas, e a tensão diminui
Carlos Newton
Com a viagem do presidente Jair Bolsonaro para os Estados Unidos, abandonando seus seguidores, diminuiu o número de manifestantes que chegam a Brasília para tumultuar a posse de Lula da Silva e Geraldo Alckmin. Até o início da noite desta sexta-feira, dia 30, haviam chegado apenas mais sete ônibus de bolsonaristas ao acampamento montado diante do Quartel-General do Exército.
Ao mesmo tempo, aumentou muito o ritmo da chegada de militantes petistas, que estão sendo alojados em diversos pontos da capital – o estádio Mané Garrincha, na área da Granja do Torto, e em escolas públicas.
ESQUEMA DE SEGURANÇA – De toda maneira, o governo do Distrito Federal armou o maior esquema de segurança já montado em Brasília. Segundo o Correio Braziliense, estão escalados mais de nove mil polícias militares, 300 policiais civis, 400 policiais rodoviários federais, mil policiais federais e mais um grupamento da Guarda Nacional.
A Polícia Militar realizará revistas pessoais na Esplanada e, eventualmente, em meio ao público. Por questões de segurança, será feito controle de acesso à Praça dos Três Poderes. A entrada só poderá ser feita até as 12h30, ou até atingir o público de cerca de 40 mil pessoas.
O plano original era limitar o acesso a 30 mil pessoas, mas a primeira-dama Janja da Silva exigiu que esse total fosse elevado para 40 mil.
AINDA NÃO ACABOU? – Segundo o jornalista Felipe Torres, do Metrópoles, os bolsonaristas ficaram desolados com o discurso do presidente Jair Bolsonaro da última sexta-feira. Mesmo assim, continuam determinados a se manifestar contra a posse de Lula.
“A guerra ainda não acabou”, disse um dos manifestantes. “É hoje”, afirmou outro apoiador de Jair Bolsonaro, segundo o repórter, que assinalou: “O clima no acampamento é de expectativa para que haja alguma intervenção militar às vésperas da posse”.
Como o número de militantes é pequeno e a Polícia Militar do Distrito Federal mantém vigilância no local, para qualquer eventualidade, a previsão é de que dificilmente haverá novos atos de vandalismo.
Com a eleição de Lula, o filho “fenômeno nos negócios” reabre a empresa milionária
Deu no R7
E você aí achando que a pior notícia de dezembro foi a desclassificação do Brasil na Copa do Mundo… Bem, confirmando o que dizem (“não há nada tão ruim que não possa piorar”), Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, depois que o pai foi novamente eleito presidente, decidiu voltar ao mundo dos negócios
Como se sabe, Lulinha até os 28 anos ganhava R$ 600 mensais trabalhando no Zoológico, teve uma “sorte” fenomenal na vida logo após o pai assumir seu primeiro mandato como presidente da República. E agora vai tentar a sorte de novo.
MILIONÁRIO – Segundo denúncias da revista Veja em 2015, Lulinha saiu do Zoo para zoar com a cara dos brasileiros, indo morar em um apartamento avaliado em R$ 6 milhões (equivalente a cerca de R$ 11 milhões nos dias de hoje). Teve um rendimento bruto de R$ 5,2 milhões entre 2004 2014.
Agora, Lulinha alterou o ramo de atividade e a sede da empresa, de São Paulo para São Bernardo do Campo, dando indícios de que voltará à ativa. Claro que é pura coincidência que tudo isso tenha acontecido agora, depois que o pai foi eleito de novo. Que sorte tem esse sujeito, não?
LULINHA FENÔMENO – Assim como o Lula filho está correndo para ressuscitar a empresa que, segundo a Polícia Federal não passava de fachada, o Lula pai – aquele que nega tudo e nunca sabe de nada – também deve ressuscitar a resposta que deu à época das investigações, por entender que a população é idiota: “Que culpa eu tenho se meu filho é um fenômeno, o Ronaldinho dos negócios?”
Fenômeno mesmo acontecerá se o povo brasileiro permitir ser feito de idiota de novo e acreditar nessa, digamos, grande maré de “sorte”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Com tanta sorte, Lulinha escapou da Lava Jato e agora pode levar até a MegaSena da Virada. (C.N.)
Pelé flutuou livre entre a distância e o tempo, e entre o tempo e a bola
Pedro do Coutto
Pelé viajou para a eternidade onde ela já o esperava com um lugar marcado pelo seu desempenho no futebol e na vida, tornando-se, agora se confirma, a figura mais conhecida do mundo. Jornais de todos os países deram grande destaque à sua morte e reviveram momentos passados no universo do esporte, encantando gerações, acrescentando um brilho excepcional à história do futebol e das conquistas.
Revelado por Waldemar de Brito, um craque do passado que atuava pelo Flamengo e encerrou a sua carreira no Palmeiras, chegou aos gramados de Bauru e depois do Santos, onde será velado antes do seu sepultamento no dia 3 de janeiro. Apresentou o seu talento e com pouco menos de 18 anos foi convocado como reserva para a seleção brasileira de 1958. Mas na terceira partida houve quatro substituições em nossa equipe.
VERDADEIRO MITO – Garrincha substituiu Joel do Flamengo, Vavá entrou no lugar de Mazzola, Zito no lugar de Dino Sani e Pelé substituiu Dida do Flamengo no ataque. Chegou à seleção e não saiu mais. Pelo contrário, transformou-se num mito, em um jogador que atuou em quatro Copas do Mundo, e tornou-se o maior goleador da seleção brasileira de todos os tempos.
Num episódio marcante de sua vida, ele lembra que aos 10 anos viu o pai chorando porque o Brasil perdeu a Copa de 1950 no Maracanã. Pelé disse ao pai, como num presságio, que ganharia uma Copa para ele. Oito anos depois, o destino confirmou a versão, concretizando-a. É preciso acentuar a emoção de Pelé ao contar esse fato em meio à edição magnífica da TV Globo revendo a passagem do craque pelos gramados e pela vida.
Numa das sequências, a imagem do gol de Gigia em 1950, quando o Uruguai derrotou o Brasil por 2 a 1. Pelé flutuou livremente pelos caminhos do futebol, o esporte mais popular do planeta. Ele se tornou um símbolo e viverá para sempre como uma lenda das histórias de bola. A sua imagem permanecerá ao longo dos tempos e servirá de inspiração para os craques de hoje e para os que ainda surgirão. Fantástico o rei Pelé e a comoção que causou. Presidentes, chefes de Estado, ministros, artistas, jornalistas, craques do passado e do presente se manifestaram. Pelé fez dos campos o seu palco e a sua própria vida, encantando estádios e isso permanecerá para sempre.
DESPEDIDA – air Bolsonaro, provavelmente em seu último ato enquanto presidente, fez uma live condenando a colocação da bomba em um caminhão perto do Aeroporto de Brasília, em uma tentativa de reproduzir historicamente o atentado do Rio Centro em 1981, pela iniciativa de George Washington, bolsonarista, afirmando não ter o menor cabimento.
Condenou também as manifestações e os protestos em frente aos quartéis. Enfim, assinou esse seu último ato no impulso de salvaguardar a sua imagem e atribuir a responsabilidade, inclusive pelo seu silêncio, aos que o acompanharam até o extremo de seu mandato.
DÉFICIT PÚBLICO – Em uma ampla entrevista à Miriam Leitão, ocupando duas páginas da edição de O Globo de quinta-feira, o novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o orçamento aprovado pelo Congresso para 2023 (no total de R$ 5,3 trilhões) coloca a existência de um déficit de R$ 220 bilhões nas contas públicas. Ele afirmou que esse déficit não acontecerá.
Entre as medidas que destacou como parte da contenção de gastos incluiu a retirada de 2,5 milhões de pessoas cadastradas no Bolsa Família, fato decorrente da concessão indevida do benefício, portanto, de fraudes. Assegurou que vai rever isenções tributárias, muitas das quais concedidas sem obtenção de resposta social. As desonerações serão revistas.
PASSIVO – Mas é preciso, digo, que sejam cobrados devidamente os tributos, incluindo as contribuições empresariais para com o INSS que ao longo do tempo se transformaram em um passivo incobrável. “Vamos arrumar a casa”, frisou Haddad.
Quanto à redução do déficit de R$ 220 bilhões, de maneira estrutural é possível que ele consiga realizar. Mas no campo concreto é difícil, pois nas contas do chamado superávit primário não estão computadas as despesas com o pagamento de juros com base na taxa Selic de 13,75% ao ano sobre a dívida brasileira.
Haddad acrescentou também que no momento atual o mais importante é harmonizar a política fiscal com a política monetária. A Economia foi desorganizada por finalidades eleitorais. A impressão que tenho é que ela reagirá e irá ressurgir.
Delegada da PF esperou final do governo para incriminar Bolsonaro no caso Covid
Fausto Macedo
Estadão
A Polícia Federal (PF) anunciou nesta quarta-feira, 28, que vê crime do presidente Jair Bolsonaro (PL) por associar a vacina contra a covid-19 ao risco de desenvolver o vírus da aids. A afirmação consta no relatório final da investigação enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela delegada Lorena Lima Nascimento.
De acordo com o documento, o presidente atentou contra a paz pública. Um relatório parcial da investigação já havia atribuído ao presidente o delito de incitação ao crime, mantido na versão final do documento.
DIREITO AO SILÊNCIO – Bolsonaro chegou a ser intimado a prestar depoimento por escrito. O interrogatório era a última pendência do inquérito. A delegada disse que o presidente não se manifestou, no prazo legal, para marcar uma data. “Concluindo-se, por conseguinte, que o intimado optou por se utilizar de seu direito constitucional ao silêncio”, explicou.
A PF concluiu que Bolsonaro agiu de maneira “consciente e voluntária” ao espalhar informações falsas sobre a vacinação e que o presidente “incentivou” a população a descumprir medidas sanitárias preventivas contra a covid-19.
O presidente disse, em live no dia 21 de outubro de 2021, que a população do Reino Unido estaria “desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida [Aids]” após a imunização completa contra o novo coronavírus.
USO DA MÁSCARA – Na mesma transmissão ao vivo, Bolsonaro afirmou, citando um suposto estudo atribuído ao imunologista Anthony Fauci, que “a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu de gripe espanhola, mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara”. Na época, as máscaras eram obrigatórias em locais públicos no Brasil.
A live foi excluída do YouTube, do Instagram e do Facebook por violar as diretrizes de desinformação médica sobre a covid-19 das plataformas.
Além de Bolsonaro, a PF também atribui os mesmos crimes ao ajudante de ordens presidencial, o tenente-coronel Mauro Cid, apontado como responsável pela produção do material divulgado na live.
EFEITO DA CPI – O inquérito foi aberto a partir de uma representação do senador Omar Aziz (PSD-AM), que foi presidente da CPI da Covid.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu o arquivamento do caso, alegando que os fatos já estavam sob apuração na PGR, mas não coseguiu interromper as investigações.
Esse e outros processos e investigações envolvendo o presidente devem ser enviados para a primeira instância da Justiça. Isso porque Bolsonaro perderá o direito ao foro por prerrogativa de função quando deixar o cargo no final da semana.
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NOTA DA REDAÇÃO – A delegada da Polícia Federal foi
camarada com Bolsonaro. Esperou o governo acabar para anunciar o
resultado da investigação, que já estava concluída há meses. Agora,
Bolsonaro será defendido por advogados contratados pelo PL, o que
representa uso irregular de recursos públicos do Fundo Partidário. (C.N.)
Na criatividade de Quintana, o desesperado voo de uma menina chamada Esperança
Paulo Peres
Poemas & Canções
O jornalista, tradutor e poeta gaúcho Mário de Miranda Quintana (1906-1994), constrói o poema no 12º andar do prédio, numeral que significa o mês de dezembro, no local onde uma mulher/criança espera o Ano Novo, simbolizado por seus olhos verdes, de um verde que significa esperança, a esperança de uma vida melhor.
ESPERANÇA
Mário Quintana
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
– Ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
– Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
– O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…
Dona Janja exigiu mais público na posse e a segurança teve de modificar o plano
Cézar Feitoza
Folha
A futura primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, pediu na quinta-feira (dia 29) que as forças de segurança alterem o plano já fechado para a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aumentem o limite de público na Praça dos Três Poderes para 40 mil pessoas.
As demandas foram apresentadas numa reunião entre Janja e integrantes da equipe de segurança da posse. Segundo relatos feitos à Folha, o pedido da primeira-dama causou desconforto, já que o plano da cerimônia do dia 1º de janeiro já tinha sido fechado, ensaiado e anunciado à imprensa.
MAIS EXIGÊNCIAS – Além de aumentar o público na Praça dos Três Poderes, Janja solicitou que a segurança prepare bolsões para a entrada de pessoas em espaço mais próximo ao Palácio do Planalto e aumente o efetivo de policiais no local.
Outra demanda apresentada por ela foi a ampliação do horário em que a Praça dos Três Poderes estará aberta para receber o público. O plano inicial previa a chegada de apoiadores no local até as 12h30, e integrantes da equipe de segurança afirmam que esta solicitação é mais complexa de ser atendida, já que todas as etapas da festa estão cronometradas.
O plano de segurança foi feito de forma coordenada entre diversas forças de segurança, como a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, PF (Polícia Federal), Exército, GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e PRF (Polícia Rodoviária Federal).
TUDO PLANEJADO – Na quinta, o governo do Distrito Federal anunciou os detalhes do planejamento. O secretário de Segurança, Júlio Danilo, confirmou à imprensa na ocasião que o público em frente ao Palácio do Planalto seria limitado a 30 mil pessoas. “É o que a Praça dos Três Poderes comporta de forma segura”, disse.
O plano ainda prevê que o público que acompanhar a posse terá de entrar por um único local, pela via que dá acesso à Esplanada dos Ministérios. Haverá linha de revista na entrada, e o GSI deve disponibilizar pórticos móveis de detector de metais para as áreas mais sensíveis da segurança.
Para toda a Esplanada dos Ministérios, a equipe de transição liderada por Janja espera um público total de 300 mil pessoas.
LULA DÁ FORÇA – “Todo mundo está convidado para o ato da posse. Por favor, domingo estejam aí [em Brasília] que não vai ter barulho. Não fiquem preocupados. Quem perdeu as eleições que fique quietinho. E quem ganhou tem o direito de fazer uma grande festa popular aqui em Brasília”, disse Lula na quinta, durante o último anúncio de ministros do seu governo.
Durante todo o dia serão realizados shows do Festival do Futuro na Esplanada dos Ministérios. A música só será interrompida durante a cerimônia de posse.
Mais de 20 artistas vão se apresentar em dois palcos montados no canteiro central da Esplanada. Entre os músicos confirmados estão Chico César, Pabllo Vittar, Duda Beat, Valesca Popozuda, Baiana System e Kleber Lucas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea,
percebe-se que dona Janja da Silva é altamente irresponsável, ao
pretender “ressignificar a função de primeira-dama”, conforme declarou
ao “Fantástico”, quando anunciou que irá cantar na festa do dia 1º. E
mais grave ainda é constatar que o presidente Lula da Silva é tão
irresponsável quanto a mulher e dá a maior força a esse tipo de
maluquices, num momento político extremamente delicado. É preocupante,
não há dúvida. (C.N.)
Charge do Duke (domtotal.com)
Comitê da Câmara americana divulga declarações fiscais que Trump ocultou
Moira Warburton
Folha/Reuters
Um comitê da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, controlado por democratas, divulgou ao público seis anos de declarações fiscais do ex-presidente Donald Trump nesta sexta-feira (30), em uma ação extraordinária dias antes de os republicanos assumirem o controle da Câmara.
A divulgação dos documentos de Trump entre 2015 a 2020 encerra uma batalha de vários anos entre o ex-presidente republicano e os legisladores democratas.
MUITA FLUTUAÇÃO – Dados preliminares mostravam que a relação entre a renda e o pagamento de impostos de Trump flutuaram drasticamente de 2015 a 2020, durante sua primeira candidatura presidencial e subsequente mandato.
Trump e sua esposa Melania reivindicaram grandes deduções e perdas e pagaram pouco ou nenhum imposto de renda em vários desses anos. Agora, com a liberação das declarações fiscais, esses valores poderão ser auditados publicamente.
Os registros incluem proteção de algumas informações pessoais confidenciais, como números de contas bancárias e da Previdência Social. Eles abrangem quase 6 mil páginas, incluindo mais de 2,7 mil páginas de declarações individuais de Trump e sua esposa, Melanie, e mais de 3 mil páginas em declarações das empresas de Trump.
TRUMP AMEAÇA – O presidente do Comitê, Richard Neal, solicitou as declarações em 2019, argumentando que o Congresso precisava vê-las para determinar se seria necessário algum tipo de regulamentação sobre os reembolsos presidenciais.
“Os democratas nunca deveriam ter feito isso, a Suprema Corte nunca deveria ter aprovado, e isso vai levar a coisas horríveis para tantas pessoas”, ameaçou Trump em um comunicado. “Os democratas radicais e de esquerda armaram tudo, mas lembre-se, essa é uma perigosa via de mão dupla!”
Os republicanos disseram que as declarações de impostos podem ser usadas como arma política e alertaram que os membros do partido que assumirem o painel no próximo mês enfrentarão pressão para seguir um caminho semelhante contra os democratas de alto perfil.
SEM TRANSPARÊNCIA – Trump, que assumiu o cargo em 2017, foi o primeiro candidato presidencial em décadas a não liberar seus impostos e processou o comitê em um esforço para mantê-los privados.
A Suprema Corte decidiu em novembro a favor do comitê, liberando a divulgação das contas do casal.
Em um relatório na semana passada, o comitê delineou suas conclusões a partir do exame dos documentos, dizendo que o órgão fiscalizador do país, o IRS, quebrou suas próprias regras ao não auditar Trump por três dos quatro anos enquanto ele era presidente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Trump está todo enrolado também
pela invasão do Capitólio. Um Comitê da Câmara redigiu mais de 800
páginas de acusações a ele, por ter estimulado a insurreição de seus
seguidores e se recusado a aceitar a vitória do democrata Biden nas
eleições. A Justiça vai decidir se acolherá as denúncias. (C.N.)
Blindagem à corrupção faz o país voltar à Idade Média, com as elites acima das leis
José Antonio Perez
Cheguei à conclusão que no Brasil quem recebe contracheque do Estado não deveria ter direito a voto. Servidores públicos e de estatais, por exemplo, votam em quem defenda essa categoria e seus benefícios salariais/previdenciários, ao invés da defesa do interesse coletivo, ou seja, de toda a sociedade.
O fato é que, em qualquer eleição, os que têm privilégios e recebem benefícios ou auxílios de qualquer espécie votarão em massa em quem defenda mais e maiores benesses, que serão pagas por quem trabalha, produz e paga impostos cinco meses e meio por ano para sustentar essa farra toda, digamos assim.
SOMOS ESPECIALISTAS – Temos uma das máquinas estatais mais pesadas e ineficientes do mundo, somos especialistas nessa prática. Que só atende a grupos de interesses extremamente organizados, que conduzem os destinos dos Três Poderes detalhados pelo filósofo Montesquieu, mas que os imaginava trabalhando em prol do interesse coletivo e não a serviço de elites, como se vê no Brasil.
Se não fosse assim, os governantes, parlamentares e magistrados já teriam extinguido esses privilégios, mas aqui no Brasil funciona tudo ao contrário e a desigualdade social só faz aumentar, ao invés de diminuir, como ocorre nos países mais desenvolvidos e civilizados.
Cada um tem suas próprias opiniões, que serão sempre respeitadas por mim, independentemente de concordar ou não. A minha opinião a respeito desses privilégios está cristalizada. É covardia receber privilégios e benefícios, eleger quem os defenda eternamente e enviar a conta para os milhões de trabalhadores e empresários deste país, que pagam muito imposto e pouco recebem em troca.
TUDO ERRADO – Criminosos da elite estão soltos, enquanto pessoas honestas passaram a ser perseguidas, especialmente os defensores do interesse público que tiveram a audácia de aplicar as leis para criminosos do colarinho branco ou imundo. Podres poderes! Geddel Vieira Lima tinha 50 milhões num apartamento fechado e já está solto. Até o megacorrupto Sérgio Cabral foi libertado.
Eu fico com a frase do Pedro Malan; “No Brasil até o passado é incerto”. Já quase chegando aos 60 anos, nunca assisti a tanta bandalheira. Onde já se viu aprovar emenda constitucional em sessão híbrida, sem debates, com voto pelo celular.
É todo mundo “passando a boiada”. Aproveitaram a pandemia para mudar a legislação e voltar ao passado medieval, quando as elites estavam acima da lei. Assim, vamos lembrar o frei franciscano Vicente do Salvador (1564 – 1636), o primeiro historiador do Brasil, “Nem um homem nesta terra é republicano nem zela ou trata do bem comum, senão cada um do bem particular”. É desolador.
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