Gustavo Maia
Veja
A convite da ambientalista Teresa Bracher, Simone Tebet vai participar na noite desta segunda-feira de um encontro sobre mulheres na política no centenário Club Homs, em São Paulo. Mais de 500 convidadas já confirmaram presença e o evento lotou.
Casada com Candido Bracher, ex-presidente do Itaú, Teresa é fundadora do projeto Documenta Pantanal e do Instituto Taquari Vivo. Dentre os nomes esperados estão os de Luiza Trajano, Betania Tanure, Maria Stella Gregori e as líderes comunitárias Luciana Mazagão e Ligia Gonçalves dos Santos, da Liga Solidária.
No encontro, a presidenciável falará sobre o seu plano de governo e responderá a perguntas do público.
###
SIMONE TEBET É FEMINISTA? ELA DIZ QUE SIM, MAS…
Giulia Fontes Gazeta do Povo
A senadora Simone Tebet (MDB) compõe, com Mara Gabrilli (PSDB), uma chapa 100% feminina na disputa pela Presidência da República. Tebet frequentemente menciona como sua atuação política está relacionada ao fato de ser mulher: ela liderou a primeira bancada feminina do Senado e foi a primeira parlamentar do sexo feminino a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, por exemplo.
Mas de que forma essa característica pode ajudá-la na campanha? E mais: Tebet pode ser considerada feminista?
TENHO ORGULHO – Em entrevistas, a senadora já afirmou que sim. “Eu gostaria que as pessoas me vissem como feminista. Tenho orgulho disso. Se sou, ou não, aí é uma questão de construção social, de as pessoas dizerem o que acham. Eu sou menos de conceitos, sou uma pessoa muito prática. Gosto de resolver problemas”, disse no programa Roda Viva, na última segunda-feira (8).
Em outra ocasião, em entrevista à revista Veja, Tebet citou realizações de sua carreira política e disse que se recusa “a achar que a esquerda tenha o direito de dizer que só mulher de esquerda é feminista”.
Ainda assim, a candidata não abraça pautas frequentemente identificadas com o movimento feminista. A maior expressão disso é o aborto. Tebet diz ser a favor da vida.
VÁRIAS CORRENTES – Luciana Panke, pesquisadora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e vice-presidente da Associação Latino-Americana de Pesquisadores de Campanhas Eleitorais (Alice), diz que é preciso lembrar que o feminismo não é um movimento homogêneo. “Existem feminismos, no plural. Ou seja, há várias correntes dentro desse movimento social, formas de reivindicar pautas feministas diferentes”, explica.
Nesse sentido, a própria candidata já afirmou que considera que “ser feminista é defender direitos iguais, independente de qualquer corrente”.
Luciana Panke cita que Simone Tebet tem atuação em outras pautas relacionadas a mulheres, como feminicídio e pobreza menstrual. “Ela tem trazido assuntos ligados à pauta feminista dentro de um discurso moderado, tentando se mostrar como uma alternativa aos extremos, uma candidata do diálogo”, analisa a pesquisadora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário