Mercado ganha redução de IPI para carros novos

NOTICIAS AUTOMOTIVAS

01/08/2022 Por Ricardo de Oliveira

O governo federal publicou o Decreto Nº 11.158 de 29 de julho de 2022, que estabelece desconto de IPI de até 35% para produtos industrializados e incentivos para a Zona Franca de Manaus.

Nesse pacote, contudo, entra redução de IPI de 18% para 24,75%, para automóveis, o que deverá beneficiar muito o setor automotivo, combalido pela falta de chips e peças, assim como aumento constante dos custos.

O texto divulgado pelo governo federal diz: “A medida traz redução adicional do IPI, de 18% para 24,75%, para automóveis. A elevação desse percentual equipara a redução do imposto para o setor automotivo à concedida aos demais produtos industrializados”.

O IPI é um imposto federal que incide sobre cerca de 4.000 itens nacionais e importados que passaram por algum processo de industrialização, seja ele de beneficiamento, transformação, montagem, acondicionamento ou restauração.

Isso significa que os automóveis nacionais e importados agora terão melhores condições de continuar a vender no mercado automotivo.

Segundo o presidente da república Jair Bolsonaro, “a iniciativa traz mais reflexos positivos no Produto Interno Bruto (PIB), com a redução do custo no Brasil, ampliação da competitividade da indústria, com menos impostos, aumento da produção e empregos”.

Além de beneficiar a produção de carros novos, motocicletas, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, computadores, calçados, equipamentos de fitness, TV, entre muitos outros, a redução do IPI irá cumprir a decisão judicial (ADI 7153) que determinou a preservação da competitividade dos produtos produzidos na Zona Franca de Manaus (ZFM).

Com isso, tirando os automóveis, os demais citados são feitos também em Manaus, uma ilha de tecnologia de ponta em meio a um oceano florestal.

O ministro da Economia Paulo Guedes, comentou: “Espera-se ampliar a competitividade da indústria, com menos impostos e aumento da produção”.

No setor automotivo, isso deve ajudar a cortar os preços e reduzir em alguns casos, mas não é bom esperar que eles continuem a descer ou se manter assim por muito tempo.

O setor enfrenta a volatilidade do câmbio, a incerteza de remessas internacionais de chips e a insegurança provocada na cadeia com a ação beligerante da Rússia sobre a Ucrânia.