MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Lula se enrola, compara mensalão ao orçamento secreto e ataca os “produtores rurais fascistas”

 


Entrevista de Lula ao JN ocupa 19 dos 20 temas mais comentados no Twitter | Sonar - A Escuta das Redes | O Globo

Tenso, Lula disse uma série de asneiras no Jornal Nacional

Carlos Newton

Aconteceu o que se esperava na entrevista do ex-presidente Lula da Silva ao Jornal Nacional. O candidato do PT foi tratado sempre com cortesia, mas William Bonner e Renata Vasconcellos capricharam nas perguntas. O tema principal foi a corrupção nos governos do PT, que levaram Lula a ficar na cadeia por 580 dias.

Esperava-se que o petista se defendesse atacando a Lava Jato e ele realmente o fez, com muita ênfase. Envelhecido, visivelmente tenso e com a voz cada vez mais rouca, o candidato tratou de culpar a força-tarefa da Lava-Jato pelos grandes problemas nacionais, como as dificuldades financeiras das empreiteiras corruptas, o aumento do desemprego e a redução dos investimentos externos no país.

DEVER DE CASA – Inseguro no início, recorreu ao dever de casa que trouxe por escrito e leu elogios à liberdade de atuação que seu governo deu à Polícia Federal e ao Ministério Público, para assim criticar à interferência de Bolsonaro na proteção aos filhos. Lula foi bem nesta parte e fez uma boa piada, ridicularizando os decretos de 100 anos de sigilo, baixados pelo atual presidente.

Falar sobre corrupção, porém, é muito penoso para Lula. E ele acabou fraquejando. Ao invés de negar o mensalão, como sempre fez, pela primeira vez acabou reconhecendo a existência das propinas aos parlamentares, ao comparar o mensalão com o orçamento secreto.

Além de culpar a Lava Jato pelos maiores problemas do país, criticou também a imprensa, ao dizer que os réus no Brasil são “condenados pelas manchetes dos jornais”.

ATAQUE A BOLSONARO – Lula aproveitou a entrevista para atacar Bolsonaro, ridicularizando-o e dizendo que ele não manda nada no governo, “quem manda é o Lira” (Arthur lira, presidente da Câmara). E prometeu “acabar com esse semipresidencialismo”.

Lula foi se empolgando e falando o que não devia. Disse que no Brasil os únicos partidos são PT, PSOL, PCdoB e PSB, o resto é formado por grupelhos de deputados que se unem. Esqueceu que é apoiado também pela Rede, PV, PROS e Avante…

Vaidoso, em várias oportunidades se intitulou “o maior presidente da História do Brasil”, e também falou no “melhor governo de todos os tempos’, fazendo uma Piada do Ano atrás da outra. Aliás, comportava-se como se já estivesse eleito e até pediu duas vezes para Renata Vasconcelos cobrar as promessas dele quando estiver governando.

ADMIRAÇÃO POR ALCKMIN – Também já se esperava que Lula defendesse a polarização, que é a única forma dele chegar ao poder, herdando os votos daqueles que não aceitam Bolsonaro e no primeiro turno vão preferir Ciro Gomes, Simone Tebet ou outros candidatos.

Fez altos elogios a Geraldo Alckmin e disse a Bonner que o ex-tucano já conquistou os petistas, algo que não aconteceu e jamais ocorrerá. No embalo, disse que em todo país tem polarização, citando Estados Unidos, Alemanha, Noruega, Finlândia, mas de repente lembrou de China e Cuba, e teve de fazer a ressalva de que há países de partido único, ficou todo enrolado.

O pior viria a seguir, quando foi falar sobre o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Escorregou feio e disse que há produtores rurais “fascistas e direitistas”, que incentivam o desmatamento, foi mais uma mancada forte. E o resto é folclore, jogo de cena, caras e bocas…

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