Vicente Limongi Netto
Peguei Lula no Jornal Nacional com William Bonner e Renata Vasconcelos. Coloquei tudo no liquidificador e bati durante 40 minutos. Resultado: Deu suco amargo de nove dedos de entrevistado mentiroso e meio copo de entrevistadores medíocres. Consolo para Jair Bolsonaro, Ciro Gomes, Simone Tebet e demais presidenciáveis.
Mentir, debochar, tripudiar, enrolar, dissimular, praguejar, ameaçar, exagerar – estes são os pratos prediletos de todos que compõem os cactos de espinhos e a fauna trágica e diabólica dos candidatos. Como disse em artigo anterior, chegou a hora da reedição do primeiro de abril. Nossos ouvidos sofrerão, no rádio e na televisão, diante das papagaiadas dos fantasiados de salvadores da Pátria.
O MAIS CRETINO – No final, longo e medonho, vamos premiar o mais descarado, o mais cretino, e o mais mentiroso. As opções dos eleitores são trágicas. De um lado no ringue, os rasgados, do outro lado, os rotos. Aos montes, no país todo. Estão interessados é no milionário fundo eleitoral.
Depois de eleitos, não voltam mais às ruas, às favelas, aos botecos nem às feiras. Já vi políticos saindo pelos fundos do gabinete, evitando a fila de eleitores na sala de espera.
Na extensa lista dos cretinos, há, também, os candidatos e candidatas que ainda têm quatro anos de mandatos a cumprir. Tiram a vez de correligionários postulantes, alguns com maiores chances de serem eleitos. É a ganância misturada com a arrogância, que gera a estupidez, o egoísmo e a falta de sensibilidade.
MUITOS DESISTEM – Resultado: a maioria dos candidatos iniciantes, sonhadores e idealistas, depois de assistir de perto como funcionam os bastidores da política, onde os mais espertos e gulosos dão as cartas, desistem de novas disputas. Nunca mais querem saber de política. O resultado tenebroso é que vamos às urnas, mais uma vez, vestidos de desesperança e pedindo a Deus que não desista do Brasil.
Mas nem tudo está perdido. O Correio Braziliense tem o saudável hábito de brindar os leitores com matérias que embalam almas e corações. A entrevista com o supostamente sábio Cristovam Buarque (Correio Braziliense – 25/08) é forte exemplo.
Para Buarque, Lula é o melhor candidato, na disputa para presidente da República. Era a palavra qualificada que faltava para eleitores indecisos. Recorde-se que Lula demitiu Buarque Ministério da Educação pelo telefone, sem a menor consideração. Buarque quer parecer grandioso, não guarda mágoas no coração, mas como político sempre foi um fracasso.
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