MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Feriados trarão prejuízo de R$ 1 bilhão ao comércio da capital mineira


Janaína Oliveira - Hoje em Dia


Marcelo Prates/Hoje em Dia
loja fechada em bh
Sem consumidores nos feriados, comerciantes de Belo Horizonte perdem vendas

Adorados pela maioria dos trabalhadores, os feriados são vistos como algozes por setores da economia. Em 2015, na capital mineira, serão pelo menos 12, sendo que a metade cairá na segunda ou na sexta-feira. Com tantos dias de lojas fechadas, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) calcula que o prejuízo ultrapasse a casa de R$ 1,06 bilhão no ano que vem. Em 2014, quando alguns feriados aconteceram nos finais de semana, o rombo foi de 950 milhões. 
 
Segundo o presidente da CDL-BH, Bruno Falci, tantos feriados em dias úteis são um convite à possibilidade de enforcamento, já que as datas favorecem quem deseja pegar a estrada ou o caminho do aeroporto. E o resultado é pouco movimento no comércio. “Quando há muita indústria em um município, normalmente o funcionário volta ou nem viaja, porque precisa trabalhar no dia seguinte. Mas aqui, onde o forte são serviços e comércio, a coisa se complica. Esses feriados criam um desânimo na capital”, diz. 
 
Segundo Falci, apenas no Carnaval, quando as lojas não abrem as portas na segunda e terça-feira, e o expediente só retorna ao meio-dia da quarta-feira de Cinzas, a perda financeira aproxima-se de R$ 190 milhões. “Em um só dia de comércio fechado, o setor deixa de faturar R$ 76,01 milhões. Mas quando os feriados caem na terça ou quinta, o impacto sobre o varejo é ainda pior, pois o consumidor pode emendar o feriado com mais um dia útil e com o final de semana que antecede ou sucede a data”, reclama. 
 
Em 2015, na terça e na quinta serão comemorados dois feriados. O primeiro é no dia 21 de abril, em homenagem a Tiradentes. O outro cai em 4 de junho, Corpus Christi. O ano que vem terá ainda três feriados na segunda – 7 de setembro, 12 de outubro e 2 de novembro – e três na sexta, quando são celebrados Paixão de Cristo, em 3 de abril, Dia do Trabalho, no 1º de maio, e o Natal. 
 
Para o dirigente, com o que chama de excesso de feriados, perdem patrões e empregados, uma vez que a maioria dos comerciários ganha comissão sobre as vendas para complemento do salário. 
 
“O feriado é bom, desde que não atrapalhe a economia. No nosso caso, um setor importante fica desativado, o que gera reflexos ruins no PIB, que já anda mal das pernas”, comenta Falci.

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