O Líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), afirmou nesta sexta-feira que irá acionar a Câmara de Direitos Sociais e Fiscalização de Atos Administrativos em Geral, vinculada ao Ministério Público Federal, contra o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por suposto desvio de finalidade ao ordenar que a Polícia Federal abra sindicância contra quatro de seus delegados no Paraná que criticaram o PT em um perfil fechado de uma rede social.
Para
Imbassahy, Cardozo extrapolou suas prerrogativas e, portanto, agiu
ilegalmente. Na petição que será protocolada na semana que vem, o Líder
do PSDB irá argumentar que, se o ministro da Justiça considera que houve
ofensa à honra da presidente da República, ele deveria pedir
investigação ao Ministério Público, conforme estabelece a legislação, e
não como optou por fazer. O Líder do PSDB irá solicitar também que,
comprovada a ilegalidade, o ato do ministro seja suspenso.
“Ficou
claro, nesse episódio, que Cardozo optou por deixar de fazer o que
deveria para fazer o que não poderia. Estando o governo do qual faz
parte enrolado até o nariz nas investigações sobre a corrupção na
Petrobras, o ministro deveria se preocupar com as investigações e com o
envolvimento de apadrinhados do governo no esquema. Em vez disso,
extrapolou a sua função. A forma como agiu pode dar a interpretação de
que ele quis constranger os delegados que atuam na Operação Lava Jato, o
que é muito ruim e está na contramão do que espera a sociedade”,
afirmou.
O
Líder do PSDB classificou ainda a ação de Cardozo como antidemocrática.
“É inaceitável por parte de um ministro da Justiça, que deveria zelar
pela Constituição, negar a cidadãos o direito da livre manifestação. A
atitude de Cardozo reproduz o caráter autoritário do governo Dilma, que
quer censurar a imprensa, que não tolera o contraditório e que acha que
está acima da lei”, afirmou.
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