MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 30 de novembro de 2014

Oficina produz papel a partir do tronco da bananeira, em Porto Velho


'Papelando' mostra para comunidade uma nova forma de reciclagem.
Durante oficina, participantes aprendem reaproveitam todo tipo de papel.

Ana Kézia Gomes Do G1 RO
Papeis feitos a partir do tronco da bananeira e por meio da reciclagem de papeis comuns (Foto: Ana Kézia Gomes/ G1)Papeis feitos a partir do tronco da bananeira e por meio da reciclagem de papéis comuns (Foto: Ana Kézia Gomes/ G1)
A oficina artística "Papelando", com o apoio da Universidade Federal de Rondônia (Unir), leva à comunidade uma nova forma de reciclagem, produzindo papel a partir da celulose extraída do tronco da bananeira. A oficina acontece no espaço cultural Visage, localizado na Rua Rui Barbosa, Bairro Panair, em Porto Velho.

O professor e artista plástico Edison Arcanjo é o responsável por ministrar as oficinas e segundo ele o objetivo é levar a consciência ecológica, além de compor processos poéticos com a construção dos materiais. "O projeto visa expandir a universidade para além dos seus muros", afirma o professor, ressaltando que a "Papelando" é uma forma de abraçar a comunidade.

Após cortado tronco da bananeira será cozido.  (Foto: Ana Kézia Gomes/ G1)Após cortado tronco da bananeira será cozido.
(Foto: Ana Kézia Gomes/ G1)
A produção do papel é realizada após um processo químico de cozimento e processamento do tronco da bananeira. Os alunos cortam o tronco em pedaços pequenos, após isso cozinham o material por aproximadamente três horas, com uma porção de soda caústica e água. Em seguida o matérial é lavado, processado em um liquidificador, transformando-se em uma polpa, e então é colocado em uma banheira com água.
Com o auxílio de um bastidor, os alunos mergulham em uma tela de plástico na banheira onde retiram a polpa triturada e deixam secar em um painel no sol. Segundo o professor Edison Arcanjo a bananeira foi a fibra escolhida por causa da facilidade do seu processamente.
Durante a oficina, os participantes também aprendem a reaproveitar qualquer tipo de papel, como jornais, revistas e folders. Os alunos rasgam o papel, molham em água corrente e trituram. Após esse processo levam o matérial para um tanque com água e repetem o processo realizado com o tronco da bananeira, mergulham um bastidor com uma tela e depois de retirar o papel deixam secar com a luz solar.

Após processo de reciclagem os papéis são expostos ao sol.  (Foto: Ana Kézia Gomes/ G1)Após processo de reciclagem os papéis são expostos
ao sol. (Foto: Ana Kézia Gomes/ G1)
Rafael Brito acompanha a oficina junto com a mãe, Seone Brito. De acordo com Rafael, os conhecimentos adiquiridos serão usados em seu trabalho. "Estou vendo as coisas que posso fazer na loja em que trabalho, porque usamos muito papel lá, então pretendo reciclar os papéis que iriam pro lixo", diz Rafael.
"Sou curiosa, gosto aprender", afirma Seone Brito, que levou o filho a participar do projeto com o intuito de incentivá-lo ao pensamento de sustentabilidade.

Segundo Edison Arcanjo, a oficina artística pode ser implantada na Unir através da criação de um labotório para pesquisa de fibras vegetais, reciclagem de papel.

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