O diretor técnico do Instituto de Infectologia e Hospital
Emílio Ribas, Luiz Carlos Pereira, disse hoje (13) que o grande desafio
brasileiro diante da epidemia de ebola é preparar toda a rede de saúde
para detectar casos suspeitos da doença. Durante audiência pública na
Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, ele
avaliou a atuação da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Cascavel
(PR) na identificação do primeiro e único caso suspeito de ebola no país
como um exemplo de competência e eficácia. “O que nos preocupa é quando
um serviço não consegue identificar a suspeita”. Segundo Pereira, a
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a pedido de diversos municípios, está
preparando um treinamento com imagens a ser repassado a todos os
profissionais de saúde. “É preciso que haja capilarização da informação
nos serviços básicos de saúde”, reforçou. O diretor do Departamento de
Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch,
avaliou que, embora sejam pequenos os riscos de uma pessoa com o vírus
entrar no Brasil, é sempre possível a chegada de alguém infectado ao
país. “Nossa prioridade é evitar que o caso chegue e, se chegar, evitar
que seja transmitido para mais uma pessoa”, disse, ao destacar que
países como a Espanha e os Estados Unidos chegaram a registrar casos
secundários após a entrada da doença.” Durante o debate, o representante
da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) no Brasil, Henrique
Vazquez, reforçou a importância de evitar o estabelecimento da
transmissão local no caso de entrada do ebola no país. Segundo ele, os
passos a serem seguidos, prioritariamente, são: detecção precoce,
isolamento e monitoramento do paciente e rastreio de contatos.POLITICA LIVRE
Paula Laboissière, Agência Brasil
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