6ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa acontece na Zona Sul.
Encontro reúne líderes do catolicismo, judaísmo e candomblé, entre outros.
A 6ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa acontece neste domingo (8) na Praia de Copacabana (Foto: Gabriel Barreira/G1)
Umbandistas, ciganos, judeus, católicos e ateus convivem harmonicamente
na 6ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que acontece neste
domingo (8) na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio. Organizado pela
Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), o evento tem a
expectativa de reunir 300 mil pessoas, 90 mil a mais do que a 5ª edição
do evento, que levou 210 mil a Copacabana em 2012.O objetivo do evento é chamar a atenção da sociedade para a necessidade do respeito, dos direitos de todos e, do amor ao próximo, princípio pregado por qualquer religião. Os participantes também pretendem denunciar ameaças a grupos religiosos e a espaços dedicados a cultos de origem africana no Rio.
Além disso, a comissão reivindica a implementação da lei 10.639/03, que institui os ensinos das histórias da África e da cultura afro-brasileira nas escolas do país, e a formulação do plano nacional de combate à intolerância religiosa.
Abraçado ao umbandista Adalmir Palácio, o monge budista Jyunsho Yoshikawa resumiu: "Toda crença religiosa prega por uma sociedade melhor". Sacerdote, ele trouxe cerca de 300 alunos de São Paulo e Paraná para participar do evento no Rio. "A semente está plantada. Trouxe eles aqui para sentirem esta realidade e levá-la às suas cidades", explicou.
As ciganas Mirian, Loralaine e Lhuba Stanescon também compareceram. Vestidas a caráter, elas lembravam que a religião foi vítima de perserguição e torcem para que isso não aconteça com nenhuma outra crença.
A interação entre as mais diversas religiões abriu espaço também para quem não acredita em nada. O ateu Sergio Viula compareceu para comemorar o evento e deixou claro que é contra qualquer tipo de fundamentalismo. Inclusive no ateísmo.
"Eu estou aqui porque apoio a liberdade religiosa. Nós não precisamos de um estado teocrático, nem ateu. Precisamos de um estado laico", concluiu Sergio.
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