Brasinca Uirapuru, esportivo brasileiro de 1966 é o próximo desafio.
Encontro de Carros Antigos de Mogi expõe 150 carros neste domingo.
O mogiano Ernesto Casarejos já restaurou mais de 70 carros antigos. (Foto: Jamile Santana/G1)
A paixão por carros antigos começou na infância, mas o mogiano Ernesto
Casarejos Castilho, 57 anos começou a expressar o seu amor pelo que
chama de “ferrugens” há 20 anos, quando restaurou o primeiro carro. Duas
décadas depois, ele se orgulha ao mostrar as crias: dezenas de
raridades automobilísticas que voltaram a funcionar por meio de suas
mãos, e hoje enchem os olhos do público em exposições ou circulando por
aí. Só no Encontro de Carros Antigos no Aruã, em Mogi das Cruzes, dos 150 veículos expostos pelo Clube de Carros Antigos da cidade, 20 foram restaurados pelo mogiano.“Tudo começou com o meu tio, Luiz Casarejos, que restaurava carros. Eu via ele trabalhar quando ainda era moleque, e ficava encantado com o que ele fazia. Os filhos dele não seguiram a tradição, mas eu sempre gostei. Mais tarde, comecei a restaurar e não parei mais”, contou. Atualmente o restaurador trabalha no maior desafio de sua carreira: restaura um Brasinca Uirapuru, esportivo brasileiro fabricado em 1966. Raríssimo, só foram fabricados 60 unidades. Há estimativa de que ainda existam apenas 20. “Nós chamamos de carros vivos.Vai ser um grande desafio trabalhar nesse carro, estou ansioso”, contou.
Outra obra de arte automobilística destacada pelo restaurador é um Aldee 1988, um esportivo brasileiro. Só foram fabricados 14 unidades. “Estou terminando os detalhes do carro e vou entregá-lo a um colecionador de Minas Gerais. Tenho vários clientes de fora, na verdade 70% dos veículos que trabalho são de fora”, detalhou Casarejos.
Relíquias
Entre os veículos esportivos, o Puma 1978 amarelo sempre chama a atenção. “São sete anos com esse carro, era um sonho de infância colecionar. Um carro antigo é um bem invendável e inemprestável”, disse Ricardo Teixeira, fotógrafo.
Idálécio Bispo de Oliveira, também compartilha da opinião. Está há 21 anos com um Ford Del Rey 1986, que tem peças originais e mais de 390 mil quilômetros rodados.
“Ele está perfeito, funciona até o acendedor de cigarros”, brincou.
Celso Ricardo Pereira de Lima e o Fusca 77 rosa
(Foto: Jamile Santana/G1)
O auxiliar financeiro Celso Ricardo Pereira de Lima comprou há dois
anos um fusca 77. Seria comum, não fosse a cor do fusca: totalmente
rosa. “Foi amor à primeira vista. O rosa é exatamente o atrativo do
carro”, garantiu.(Foto: Jamile Santana/G1)
Premiação
Um dos carros mais raros apresentados durante o evento foi o Chevrolet Fleetmaster, de 1941. Imponente, o carro despertou a curiosidade dos visitantes do evento pela imponência e detalhes na carroceria. Segundo o presidente do clube, Hermes Pinheiro Filho, outro encontro será realizado em Guararema no dia 29 de setembro. “Vamos premiar com um trofeu para os cinco veículos mais raros e um para o mais antigo”, contou.
Chevrolet Fleetmaster 1941, considerado raríssimo pelos colecionadores (Foto: Jamile Santana/G1)
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