Cirurgia ocorreu no último sábado, 28, no Hospital Porto Dias, em Belém.
Hospital foi credenciado pelo Ministério da Saúde para realizar transplante.
Saúde para realizar transplante de fígado.
(Foto: Oswaldo Forte/Amazônia Jornal)
O paciente que recebeu o órgão foi um jovem de 20 anos, morador de Tucuruí. O rapaz sofria de doença hepática crônica desde 2007.
Na manhã deste domingo (29), a Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) deu mais detalhes à imprensa sobre o transplante. Participaram da reunião o chefe da equipe médica, Paulo Soares; o cirurgião Maurício Lasi; a coordenadora da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO), Ana Cristina Beltrão e a secretária adjunta da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Heloisa Guimarães.
“Queremos que a população acredite que a medicina existe para melhorar a qualidade de vida e saúde, mas para que haja transplantes é necessário que haja doadores de órgãos, por isso é importante que cada um de nós comunique à família que concorda em ser um doador”, alertou a coordenadora da CNCDO, Ana Beltrão.
Segundo Beltrão, o próximo passo será a implantação do transplante de coração. “Isso deve acontecer nos próximos meses”, garantiu.
De acordo com o cirurgião e coordenador da equipe que fez o transplante, Paulo Soares, a cirurgia durou dez horas e contou com uma equipe de 12 pessoas, entre cirurgiões, intensivistas e hepatologistas.
“O paciente está evoluindo satisfatoriamente, mas as primeiras horas após o transplante são fundamentais para evitar complicações, por isso ele permanece o tempo todo monitorado”, explicou o médico.
Transplantes
De acordo com a Sespa, até o final de agosto foram realizados no Estado do Pará 155 transplantes de córnea e 29 transplantes de rim. No entanto, a fila de espera de pacientes ainda é grande: 580 pessoas aguardam para fazer o transplante de córnea e 904 precisam de um novo rim.
Segundo o médico Paulo Soares, para estabilizar o programa de transplantes no Pará é necessário aumentar a doação de órgãos. "A população precisa se conscientizar que a doação é um procedimento seguro e bem feito. Está faltando a cultura da doação e para isso é fundamental o apoio da mídia, porque sem doação não há transplante”, afirmou.
Ainda de acordo com Soares, as principais causas que levam à necessidade de um transplante de fígado, na Amazônia, são as hepatites B e C. “O custo de uma doença hepática crônica é mais alto do que um transplante, e o transplante é a única forma de reverter esse quadro”, assegurou o médico.
Brasil é referência mundial no campo dos transplantes
O Ministério da Saúde lançou na última semana a nova campanha que marca o Dia Nacional de Doação de Órgãos, comemorado dia 27, com o tema: “Não deixe a vida se apagar. Seja doador de órgãos. Fale com sua família”. A campanha tem objetivo de sensibilizar e estimular a doação de órgãos em todo país. Atualmente, 95% das cirurgias no país são realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS).
semestre. (Foto: Reprodução/TV Subaé)
O transplante de pulmão teve aumento de 113%, com 64 atendimentos no primeiro semestre de 2013 contra 30 cirurgias realizadas no mesmo período de 2012. Em segundo lugar, ficou o transplante conjugado de pâncreas e rim, que totalizou 65 neste ano, correspondendo a 18% a mais do que em 2012. Depois, vem o transplante de coração, que fechou o primeiro semestre de 2013 com 124 atendimentos, contra 108 realizados em 2012, crescendo 14,8%.
Quanto aos transplantes de fígado, o Brasil realizou 860 cirurgias, crescimento de 7% nos primeiros seis meses de 2013, contra 801 no mesmo período de 2012.
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