MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Maquinário recém-descoberto na Madeira-Mamoré passa por inspeção


Órgãos públicos temem que área sofra desbarrancamento em pouco tempo.
Equipamento foi achado recentemente ao longo do complexo, em Porto Velho.

Halex Frederic Do G1 RO

Órgãos públicos realizaram inspeção à máquina descoberta recentemente na Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Porto Velho (Foto: Halex Frederic/G1)Órgãos públicos realizaram inspeção à máquina descoberta recentemente na Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Porto Velho (Foto: Halex Frederic/G1)
Diversos órgãos públicos estaduais e municipais realizaram uma inspeção nesta terça-feira (10) a um maquinário descoberto recentemente a cerca de 200 metros do Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), em Porto Velho. O Ministério Público Federal (MPF) em Rondônia alega que o equipamento está localizado em uma área de grande risco de desmoronamento e recomendou às entidades de defesa que tomem medidas a fim de preservar o objeto. Segundo o MPF, ainda será feito estudo do espaço e não há previsão para os trabalhos começarem na região.
Maquinário fica próximo ao local onde houve desbarracamento de terra no início do ano comprometendo o restaurante Café Madeira (Foto: Halex Frederic/G1)Maquinário fica próximo ao local onde houve
desbarrancamento de terra no início do ano
(Foto: Halex Frederic/G1)
A peça foi descoberta após um desbarrancamento que aconteceu próximo ao restaurante Café Madeira, o qual a Defesa Civil interditou em janeiro deste ano, com risco de desabamento. A Defesa Civil disse que atualmente a margem direita do Rio Madeira está desprotegida.
De acordo com o arqueólogo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Rondônia (Iphan), Danilo Curado, o instituto realizou uma vistoria há 19 anos em todo o trecho da EFMM no perímetro da capital e afirma que o equipamento foi descoberto na época, mas não foi tombado como patrimônio estadual por conta do elevado grau de deterioração.
O arqueólogo não soube precisar qual era a atuação da máquina na época de construção da ferrovia.
Danilo diz que a melhor alternativa é retirar o maquinário do local, mas com condições. "É necessário retirar o equipamento daqui, mas é mais importante que haja um trabalho de contenção da terra e então, se tirá-la daqui, ela talvez possa ser inserida entre os bens tombados", explica.
O coordenador da Defesa Civil, coronel José Pimentel, afirmou que existe uma possibilidade de estudo em relação a retirada da máquina, entretanto, requer uma contenção para proteger o local e não danificar a peça.
Equipamento foi descoberto após desbarracamentos próximo ao local; Iphan não soube informar o que é a peça (Foto: Halex Frederic/G1)Equipamento foi descoberto após desbarrancamento
próximo ao local; Iphan não soube informar o que é
a peça (Foto: Halex Frederic/G1)
"Segundo técnicos, essa contenção tem que vir de baixo para cima para que não ocorra deslizamento. Isso nos leva a entender que será necessário a ajuda, não só do município, como também da concessionária [Santo Antônio Energia], já que é um enrocamento de grande porte", avalia.
Após a vistoria, a procuradora de república Gisele Bleggi comentou que será feito um plano de ação com as instituições envolvidas - Exército, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e Ministérios Públicos Estadual e Federal - no projeto de recuperação do equipamento.
"Verificamos que não é tão simples assim. Metade da máquina está soterrada e vai ser preciso realizar uma obra de engenharia de médio porte. Não se pode retirar imediatamente a máquina pode ocasionar em um desbarrancamento, comprometendo a segurança e integridade de pessoas que habitam e trabalham próximas ao local", afirma Bleggi.
Área do enrocamento na margem direita do Rio Madeira (Foto: Marcela Ximenes/G1)Enrocamento na margem direita do Rio Madeira
está desprotegida, afirma coordenador da
Defesa Civil (Foto: Marcela Ximenes)
Desbarrancamentos
O coronel José Pimentel, coordenador da Defesa Civil, declarou que os desbarracamentos na margem direita do Rio Madeira é uma situação pontual. Pimentel afirma que foi feita uma vistoria na sexta-feira (6) em toda parte central de Porto Velho e foi verificado que a força exercida pela energia do rio fez com que o enrocamento fosse desestruturado.
"Não só pelo fator adverso, que é o fenômeno do 'terras caídas' [erosão fluvial comum na região amazônica], mas também como pelo turbilhonamento das usinas e abertura de comportas que provocam o banzeiro [ondas formadas pela força da correnteza do rio], fizeram aquelas pedras rolarem", explica o coronel.
O representante da Defesa Civil informou que a faixa de desbarrancamento na margem direita do Rio Madeira começa no Bairro Triângulo vai até ao Bairro Balsa, onde está localizada a obra da ponte sobre o Rio Madeira, o que seria uma distância de aproximadamente três quilômetros. Já a margem esquerda do rio, o coronel afirma que o enrocamento será feito apenas na área onde está a Comunidade São Sebastião.

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