Vendas caíram pela metade e alguns lojistas já mudaram de ramo.
Com seca, setor também sofre com a inadimplência de clientes.
Em uma das lojas, que distribui produtos de uma fábrica de ração para animais há 21 anos, as vendas caíram pela metade. Os rebanhos bovinos do estado reduziram por causa da morte, do abate precoce e da venda de bois para outras partes do País. O criador de animais Carlos Lima, do município de Limoeiro, no Agreste, conta que tem sido difícil manter a criação. “É muito difícil. Não há alimento mais", resumiu.
O ano passado tinha sido ruim também por causa do aumento do preço do milho, da soja e do trigo, que servem de base para as rações. Esses preços começaram a cair, mas agora faltam bois e vacas para alimentar. “Tá escapando pelo bom mercado de equinos e a parte de pequenos animais também", comentou o comerciante Ted Monteiro.
O carro-chefe nas vendas de muitas lojas agora são os produtos para pets – animais domésticos, como cães e gatos. A vendedora Patrícia Cavalcanti diz que a equipe responsável pelas vendas do interior do estado sentiu a mudança. “Nossos vendedores hoje estão sobrevivendo só da linha mais de pet, porque a gente não tem a linha de grandes;"
Outro problema causado pela estiagem é a inadimplência de clientes. Para tentar salvar o rebanho, muitos criadores compraram alimentos, mas não conseguiram pagar as dívidas e as novas mercadorias. Em um estabelecimento que está há 45 anos no mercado, 80 produtores clientes há mais de duas décadas, faliram. "A gente está recebendo o dinheiro deles em função da parceria, recebendo algum bem, fazendo algum tipo de acordo, esticando a dívida, parcelando para tentar recuperar o investimento e o dinheiro que a gente tem lá", explicou o diretor comercial Valdemar Bezerra.
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