Em Santa Helena de Goiás, parentes afirmam que gestação foi saudável.
Direção do hospital diz que procedimentos foram adequados para o caso.
Bianca da Silva recebeu alta do hospital na segunda-feira (13). Ainda debilitada, ela não se conforma com a morte da filha, logo depois do parto. “Eu escutei só um choro. Ela deu só um choro e silenciou. Aí eu vi que alguma coisa estava errada. Eu perguntei o que tinha acontecido. Aí, a enfermeira chegou e me falou que a minha filha não tinha sobrevivido. O doutor ainda tentou reanimá-la, mas não deu”, relata a mãe.
“Ele não tratou na hora certa, quando era preciso ter feito o parto dela, que chegou passando mal. Ele a mandou para casa. Só passou um remédio para tirar a dor. E esse remédio não adiantava, pois ela sentia as dores do parto. Estava na hora, passando da hora, já”, denuncia o pai da criança, Wendel Fernandes dos Santos.
O atestado de óbito, registrado no cartório de Santa Helena, apontou insuficiência respiratória como uma das causas da morte. No documento, o sexo do bebê aparece trocado. A bebê que, se chamava Ketlen Vitória Viêira Fernandes, já tinha todo o enxoval pronto, na casa da avó. “Estamos muito sentidos, muito contrariados. Eu já chorei demais”, contou a avó da menina, Luciene da Silva.
Hospital
O G1 entou em contato com o Hospital Municipal de Santa Helena, nesta terça-feira (14). Segundo o diretor-técnico da instituição, Adovaldo Marques, a conduta do médico foi adequada, não houve negligência. Marques conta que Bianca esteve no hospital na segunda-feira (5) da semana passada. Nesse dia, a paciente ainda não estava em trabalho de parto e o médico pediu um ultrassom, que não é feito na unidade. "A paciente não retornou para apresentar o ultrassom", disse o diretor.
De acordo com Adolvaldo Marques, na sexta-feira (10) passada, Bianca retornou ao hospital às 6h, sem levar o ultrassom, com dores e três centímetros de dilatação. "Ela foi examinada pelo médico, os batimentos cardiofetais estavam normais e ela foi internada para aguardar a realização do parto normal. Por volta de 8h30, o médico que assumiu o plantão indicou uma cesariana, pois não teria havido aumento da dilatação. A cirurgia foi realizada por volta das 11h. Houve complicações no quadro respiratório da criança, que não resistiu e morreu", afirmou o diretor-técnico. O diretor comentou que Bianca estava na 41ª primeira semana de gravidez. Ele explicou que uma gestação pode chegar a até 42 semanas.
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