Mercado fica preocupado ao que pode acontecer com a economia brasileira
Por Bruno Teles
Diversos episódios de demissões em massa começaram já em dezembro de 2022, o que traumatizou os brasileiros. Entretanto, janeiro de 2023 já anuncia um ano em que algumas empresas se preparam para coisas que podem piorar. O mercado de trabalho viu mais demissões apenas no início do mês. Nos primeiros 15 dias, mais de 100.000 trabalhadores em todo o país perderam seus empregos.
Demissão em massa atinge maior parte das áreas de tecnologia. A onda de demissão em massa em empresas de tecnologia se espalhou pelas gigantes do setor – como Amazon e Facebook – para pequenas e médias empresas, como o aplicativo de transporte 99, e tem potencial para se espalhar para muito mais startups, uma indústria responsável por milhões de empregos em todo o país.
A “99”, empresa chinesa de transporte por app, iniciou demissões no Brasil, mas não especificou quantas pessoas serão demitidas. No entanto, as vítimas são conhecidas por atingir todas as áreas da empresa.
A CVC Corp, uma das maiores empresas de viagens do Brasil, também anunciou demissões de cerca de 5% de sua força de trabalho. Em uma declaração pública, a empresa alegou que as demissões faziam parte de uma “reestruturação única” da organização. 800 funcionários foram para rua no frigorífico Big Boi no Paraná.
Trabalhadores das Lojas Americanas estão em processo de demissão em massa após declararem na Justiça a existência de dívidas de mais de 40 bilhões de reais. A descoberta da brecha bilionária pela empresa preocupou o mercado, provocando uma série de demissões além de provocar uma queda brusca na bolsa de valores, com a queda das ações de outras empresas parceiras do grupo, como a Ambev, controlada pelos donos da Americanas, e bancos como Bradesco e BTG que também estão em crise.
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