Lucas Vettorazzo
Veja
Lula sinalizou, em conversa com os chefes das Forças Armadas no Planalto, nesta sexta-feira, que deseja “olhar para a frente” na construção de uma nova relação com os militares. Segundo o ministro da Defesa, José Múcio, Lula discutiu durante a reunião assuntos relacionados a investimentos na pasta e não comentou os ataques a Brasília no último dia 8.
Tampouco teria falado sobre a suspeita da participação de militares nos movimentos golpistas.
A CARGO DA JUSTIÇA – “Os militares estão cientes e concordam que vamos tomar as providências. É evidente que no calor da emoção precisamos ter cuidado para que os julgamentos e acusações sejam justos para que as penas sejam justas”, disse o ministro da Defesa.
Segundo o relato de Múcio, Lula disse aos militares ter confiança no trabalho deles.
O ministro afirmou que Lula não tocou no assunto do vandalismo, porque as investigações sobre o papel de militares na tentativa de golpe estão a cargo da Justiça e que “tudo será providenciado ao seu tempo”.
MÚCIO JUSTIFICA – O ministro disse entender que não vê envolvimento direto das Forças Armadas nos atentados golpistas, mas que ações individuais de militares estão sendo apuradas. “Se algum elemento, individualmente, teve a sua participação, ele vai responder como cidadão”, disse o ministro.
A reunião teve a presença, além de Lula e Múcio, do vice-presidente Geraldo Alckmin, do chefe da Casa Civil, Rui Costa, do comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, do chefe da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, do comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio, e do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, almirante Renato Freire.
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