Por Folhapress
O
deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil-GO) virou réu por
discriminação e preconceito de raça, na modalidade homofobia, após
publicar uma foto de uma mão branca apertando um braço negro, que
"veste" uma roupa com as cores do arco-íris -símbolo do movimento
LGBTQIA+. O post também traz a frase "na minha família, não".
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público de Goiás nesta
quarta (18), e aceita pelo juiz Alexandre Bizzotto, do Tribunal de
Justiça do estado, na sexta (20). A publicação da foto foi feita em 4 de
abril de 2022.
Narra a denúncia que (...) o acusado Amauri Ribeiro, consciente e
voluntariamente, praticou e incitou a discriminação ou preconceito de
raça, na modalidade homofobia. (...) Pela sua viabilidade, recebo a
denúncia.
Trecho da decisão de Bizzotto
O deputado agora tem dez dias para apresentar sua defesa, segundo determinado pelo juiz.
A reportagem entrou em contato com o gabinete de Amauri Ribeiro para pedir um posicionamento sobre o caso e aguarda retorno.
APOIADOR DE BOLSONARO
Amauri Ribeiro era apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em
outubro, pouco antes do segundo turno das eleições, ele apareceu em um
vídeo incentivando bolsonaristas a pegarem em armas e participarem de um
golpe caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencesse.
Imagens das declarações de Ribeiro circularam nas redes sociais.
Procurada pelo Metrópoles à época, a assessoria do deputado disse que a
gravação estava descontextualizada e que não houve ameaça a alguém ou à
democracia.
"TIRO NA CARA"
Em agosto de 2021, Amauri Ribeiro - à época filiado ao Patriota - fez
um discurso em tom intimidador contra a vereadora Luciula do Recanto
(PSD-GO), de Goiânia, que atua na proteção dos animais. Ele chegou a
dizer que Luciula "merecia um tiro na cara".
À época, a Câmara Municipal de Goiânia repudiou o episódio.
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