Profissionais 60+ e aposentados superam o obstáculo do etarismo na busca por novas vagas ou manutenção de seus postos trabalho
Seja por falta de planejamento financeiro para a aposentadoria, dificuldades econômicas inesperadas ou para evitar os efeitos da “acomodação” e manter a saúde mental em dia, é cada vez maior o número de brasileiros que pretendem se manter em atividade após a aposentadoria. Esses candidatos enfrentam, porém, o obstáculo invisível do etarismo, ou preconceito contra a pessoa idosa. O estudo Envelhecimento da Força de Trabalho no Brasil, feito pela consultoria PWC em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, aponta que apenas 1% dos cargos são ocupados por pessoas com mais de 65 anos em mais de uma centena de empresas brasileiras.
A mesma pesquisa mostra que 70% dos questionários respondidos falam da crença de que os profissionais na terceira idade são mais caros e em 69% prevalece a opinião de que não se adaptam bem às mudanças.
As empresas brasileiras ainda não investem em políticas de qualificação de seus funcionários mais experientes. Porém, a quebra do preconceito e a mudança da cultura organizacional surge como uma nova tendência no mercado de trabalho global. Estudo feito pela Top Employers Institute, com 1,2 mil empresas mostrou que na Europa 50% das empresas já investiam em atrair e reter trabalhadores 60+ antes da pandemia. No Brasil, esse índice é de 21%.
Este cenário deve mudar rapidamente. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), projeta que em 2030, o número de brasileiros com mais de 65 anos será maior do que o de crianças. E, em 2060, um em cada quatro brasileiros será idoso. As mudanças recentes nas regras previdenciárias, que aumentaram a faixa de aposentadoria para 62 anos entre as mulheres e 65 para os homens estão baseadas nesta projeção.
Dessa forma, a tendência é que as pessoas permaneçam por mais tempo no mercado de trabalho. E, uma vez, qualificados e bem posicionados, esses profissionais podem permanecer em posições estratégicas até mesmo depois da aposentadoria, garantindo o retorno do investimento feito pelo empregador.
Ciro Gertrudes dos Santos, superintendente regional do Banco Daycoval, em Londrina, tem 64 anos e disse que estar no mercado depois dos 60 é muito importante pra ele.
“Faço tudo isso porque eu gosto. Eu me sinto muito bem exercendo a minha função aqui dentro do Daycoval. Em junho, vou completar 17 anos de casa, e pretendo continuar aqui por mais tempo”, explica Santos.
“Gosto de pensar que, enquanto o seu trabalho estiver fazendo bem pra você e pra empresa, devemos nos manter ativos”, completa.
A contratação dos profissionais experientes como o Ciro para vaga de consultores, mentores ou desempenhando funções estratégicas nas empresas pode ter aspectos positivos no que diz respeito à experiência acumulada, rede de contatos, disponibilidade de tempo e maturidade no enfrentamento de situações adversas.
No Daycoval, essa é uma estratégia. Atualmente, a empresa possui no seu quadro 380 colaboradores entre 50 e 59 anos e outros 94 a partir dos 60 anos, representando 14% do quadro de trabalhadores do grupo.
“Ver pessoas mais maduras no dia a dia do trabalho é um incentivo também aos mais jovens, pois eles enxergam exemplos a serem seguidos e sabem que, quando chegar a vez de eles, o mercado de trabalho estará mais aberto e mais do que isso, o Daycoval tem outra cabeça.”, acrescenta Carla Zeitune, diretora de Recursos Humanos do Banco Daycoval.
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