O local está sendo monitorado por uma estação
Foto: Divulgação/Prefeitura de Amargosa
Por Vinicius Viana
Estagiário
Tremores de terra estão tirando o sono e causando pânico em milhares de baianos após suscetíveis casos nas cidades de Jacobina, Jaguarari e Curaçá somente este ano. Na última terça-feira (23), os moradores de Amargosa, no Recôncavo baiano, foram surpreendidos com abalos sísmicos, que chegaram a 2.3, 1.9, 1.7 e 2.1 pontos na Escala de Richter que calcula a amplitude sísmica, e se perguntaram se esse seria um alerta que uma grande tragédia estaria próxima.
O sismólogo Eduardo Menezes, do Laboratório de Sismologia (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), explicou o possível motivo que causou os tremores de terra em Amargosa. “Geralmente são provocados por falhas geológicas que entram em atividade gerando ações observadas pela população. Os eventos que ocorreram na terça (23), não são na mesma área dos últimos tremores, são em áreas novas. Estamos fazendo um acompanhamento de observações para que seja realizado um estudo mais aprofundado da área”, declarou, afirmando que o local está sendo monitorado por uma estação instalada no distrito de Corta Mão.
Menezes pontuou que a cada novo registro de tremores a defesa civil é informada para avaliar a situação e ainda orienta a população como proceder diante dos abalos sísmicos. “Existem uma norma internacional que as áreas com frequências de tremores com intensidade alta as pessoas têm que procurar, se estiver se tiver dentro de casa, a parte mais segura (do imóvel) caso ocorra dano a estrutura e se estiver na rua evitar ficar debaixo da rede elétrica.”
O sismólogo finalizou dizendo que as pessoas não precisam se
desesperar, porque não há possibilidade de acontecer um grande desastre
natural causado por terremoto. “Os tremores que ocorrem no Brasil são de
magnitude pequena comparada a tremores que ocorrem no Chile, Japão e em
outros lugares do mundo. Na sua ordem de grandeza provocam alguns danos
às estruturas [de casas e prédios], mas não ao ponto de catástrofe”,
completou.
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