Taiwan acusa novo exercício militar chinês em meio a visita de governador dos EUA

 

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O Ministério da Defesa de Taiwan afirmou que 12 aeronaves e cinco navios chineses foram detectados próximos à ilha neste domingo (21), incluindo cinco aviões que cruzaram a linha do Estreito de Taiwan.

Pequim, que considera o território uma província rebelde, tem realizado exercícios militares na região desde a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, no início de agosto.

Ela não foi a única. O governador de Indiana, Eric Holcomb chegou a Taipé neste domingo, tornando-se a última autoridade americana a visitar Taipé, em desafio à China, que vê os movimentos como violações de sua soberania. Na semana passada, uma segunda delegação de congressistas americanos visitou a ilha.

O republicano, que no Twitter afirmou que também visitará a Coreia do Sul, deve se encontrar com a presidente Tsai Ing-wen na manhã desta segunda-feira (22), segundo o governo taiwanês. Holcomb chamou a visita aos países de “viagem de desenvolvimento econômico” e destacou o fato de ser o primeiro governador dos EUA a ir a Taiwan desde o início da pandemia de Covid-19, no final de 2019.

“Nossa delegação passará a semana em encontros com autoridades, líderes de negócios e instituições acadêmicas para fortalecer ainda mais as conexões econômicas, acadêmicas e culturais de Indiana com Taiwan e Coreia do Sul”, escreveu. Não houve resposta imediata da China à chegada do republicano.

O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan disse que Holcomb também deve se encontrar com representantes de empresas taiwanesas de semicondutores. A ilha é sede da maior fabricante de chips do mundo, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co Ltd. (TSMC), que está construindo uma fábrica com valor estimado em US$ 12 bilhões no estado americano do Arizona.

A China afirma que Taiwan é a mais importante e sensível questão no relacionamento com Washington e considera tudo relacionado à ilha uma questão interna. Taipé, por sua vez, diz que a China não tem o direito de reivindicar o território e que só os seus 23 milhões de habitantes podem decidir o próprio futuro.

Folha de S. Paulo