Era uma refinaria muito engraçada, não tinha estrada, não tinha nada.
A evolução do Mensalão para o Petrolão: Lula, em 2006, lançando o
Comperj, prometendo que a obra ficaria pronta em janeiro de 2011. Hoje
ninguém sabe quanto vai custar, muito menos quanto será inaugurada.
A roubalheira promovida pelo aparelhamento do PT na Petrobras fez com
que as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)
ultrapassassem todos os limites em termos de corrupção oficializada. É
incompreensível que a presidente da Petrobras, diretores e gerentes
envolvidos ainda não tenham sido algemados e jogados na traseira de um
camburão da Polícia Federal. A própria presidente da República já
deveria ter sido responsabilizada criminalmente. Uma obra que
começou em U$ 6,1 bilhões já está orçada em U$ 47,7 bilhões, pois não
tinha projeto e, assim sendo, não tinha um orçamento real. Vejam o
absurdo! Equipamentos de R$ 1,5 bilhão estão apodrecendo porque não
existem estradas que suportem o seu peso e, portanto, não podem chegar à
obra. A matéria a seguir é de O Globo.
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou um acórdão para pedir
informações à Petrobras sobre supostas irregularidades em contratações
para obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Serão
ouvidos também os gestores responsáveis, caso as respostas da companhia
não sejam consideradas suficientes pela área técnica. Os ministros
querem explicações para a celebração de contratos de US$ 7,6 bilhões sem
licitação firmados na gestão de Paulo Roberto Costa na diretoria de
Abastecimento da Petrobras. Questiona-se também a compra de equipamentos
que não serão mais utilizados no projeto e aditivos de R$ 1,5 bilhão
celebrados porque equipamentos não puderam chegar no prazo devido a
falta de vias de acesso.
O relatório sobre o tema foi apresentado pelo ministro José Jorge no
dia 15 de outubro. Na sessão desta quarta-feira, o ministro Bruno
Dantas, que tinha pedido vistas, deu a sugestão de que já se autorizasse
a área técnica a ouvir os gestores caso não considerem suficientes as
respostas da Petrobras. A sugestão foi aprovada.
A auditoria realizada pelo TCU destacou que há números divergentes
dentro da própria Petrobras sobre o custo estimado para a obra. A
previsão inicial era de US$ 6,1 bilhões. A companhia já elevou essa
estimativa oficialmente para US$ 30,5 bilhões, mas a área de Estratégia
Corporativa da empresa trabalha com a previsão de gastos de US$ 47,7
bilhões. No projeto original, o Comperj seria um grande complexo
petroquímico. Após várias mudanças o formato atual é de uma refinaria
com dois trens de produção para refino de 465 mil barris de petróleo por
dia com a construção posterior da área de petroquímica. A primeira fase
tinha 75% de execução física em junho, segundo a Petrobras.
O acórdão pede a fiscalização de um contrato de US$ 3,8 bilhões sem
licitação com empresas citadas na Operação Lava-Jato da Polícia Federal,
que prendeu Costa. O objeto é a construção da central de utilidades,
que reúne casa de força e estações de tratamento de água e efluentes. O
Consórcio TUC Construções, formado por UTC Engenharia, Construtora
Norberto Odebrecht e Projeto de Plantas Industriais (PPI) foi contratado
de forma direta. Outros dois contratos que totalizam US$ 3,8 bilhões,
também firmados sem licitação no mesmo período, já são objeto de
fiscalização específica.
A auditoria que subsidiou a decisão dos ministros levantou ainda que a
Petrobras já teria pago R$ 1,5 bilhão em aditivos porque construtoras
estão esperando a chegada de equipamentos a Itaboraí, onde está sendo
construído o Comperj. Essa demora ocorreria porque as estradas para a
região não suportariam o peso dos equipamentos a serem transportados. Há
ainda um prejuízo estimado em mais de R$ 50 milhões com equipamentos
comprados que não serão mais utilizados devido às mudanças no projeto.
BLOG DO CORONEL
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