Estudantes teriam passado mal após comer em restaurante da Unifap.
Reitoria informou que aguarda laudos da Vigilância para notificar empresa.
Com cartazes, alunos protestaram em frente ao restaurante da Unifap (Foto: John Pacheco/G1)
Um protesto de estudantes da Universidade Federal do Amapá
(Unifap) nesta sexta-feira (7), resultou na interdição do Restaurante
Universitário (RU), que atende diariamente o público da instituição. Os
estudantes reclamavam das condições de higiene dos alimentos, que na
última quarta-feira (5) teriam causado problemas intestinais em pelo
menos 50 alunos. Os estudantes estão sendo monitorados pela Vigilância
Sanitária para comprovação da intoxicação. O protesto aconteceu no
restaurante localizado no campus da Unifap na Zona Sul de Macapá.A alimentação no restaurante é oferecida três vezes ao dia por uma empresa terceirizada contratada através de licitação. A estudante Claudiane Araújo, representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) diz ter passado mal após o almoço de quarta-feira, que segundo ela, foi a base de frango. Ela adianta que além das providências internas, os alunos manifestaram ação contra a empresa no Ministerio Público Estadual (MP-AP).
Pelo menos 50 estudantes teriam passado mal após refeição (Foto: John Pacheco/G1)
"A empresa está aqui desde 2011 e esse problema é recorrente, não é a
primeira vez que os estudantes passam mal. Já em 2012 entramos com uma
reparação contra a empresa do RU, por cabelo, pedaço de plástico e
bichos, tudo encontrado nessa comida que já foi servida até crua.
Queremos a retirada da empresa", detalhou a universitária.
Estudante de enfermagem criticou comida servida
em restaurante (Foto: John Pacheco/G1)
A estudante de enfermagem Charloth Lautharte, de 21 anos, explica que
os acadêmicos do curso estudam em dois turnos na Unifap, sendo
necessário que alguns deles comam até duas vezes no RU todos os dias.
Segundo a universitária, a precariedade do alimento oferecido tem
deixando os alunos sem comer na instituição.em restaurante (Foto: John Pacheco/G1)
"Vivemos dentro da universidade em um curso de período integral, e quando procuramos um alimento de qualidade não encontramos. Em alguns pratos é exagerado o consumo de soja e para nós que trabalhamos na área da saúde é um excesso e com isso podemos desenvolver doenças como a obesidade. Além disso o suco que é servido aqui é aquele de pacote, totalmente em desacordo com as normas alimentares", reclama.
Rafael Pontes, pró-reitor de extensões e ações
comunitárias da Unifap (Foto: John Pacheco/G1)
O pró-reitor de extensões e ações comunitárias (Proeac) da Unifap,
Rafael Pontes, adiantou que a reabertura do restaurante depende dos
relatórios que serão emitidos pela Vigilância Sanitária. O órgão coletou
amostras da água e da comida para análise. Ele não descarta um
rompimento de contrato com a empresa.comunitárias da Unifap (Foto: John Pacheco/G1)
"Essa interdição foi feita sem termos uma denúncia formal, mas sim pela mobilização dos estudantes nas redes sociais. Estamos recebendo os acadêmicos para apurar o que aconteceu, e todos os resultados serão enviados para o jurídico da Unifap. Mesmo com um reajuste ou a retirada da empresa, uma nova licitação para o RU já está em andamento", infomou Pontes.
Restaurante Universitário foi fechado após reclamações (Foto: John Pacheco/G1)
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