MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 8 de novembro de 2014

Ministério elimina candidatas do Enem que pularam portão em Brasília


Duas estudantes chegaram após fechamento dos portões, às 13h.
Elas foram identificadas e nem chegaram a entrar na classe, diz MEC.

Do G1 DF
Jovem recebe ajuda para pular o portão do colégio Sigma, na Asa Sul (Foto: Kelsiane Nunes/DA Press)Jovem recebe ajuda para pular o portão do colégio Sigma, na Asa Sul (Foto: Kelsiane Nunes/DA Press)
O Ministério da Educação informou ter eliminado duas candidatas que pularam a grade de uma escola na Asa Sul, em Brasília, depois do fechamento dos portões para o Enem. O ministério não informou o nome e as idades delas. Segundo a pasta, elas foram identificadas e nem chegaram a entrar na sala de provas.
As duas meninas pularam a grade da escola com a ajuda de pessoas que estavam do lado de fora do colégio. Fiscais teriam tentado impedir que elas entrassem no colégio e fizessem as provas. Eles comunicaram o caso aos responsáveis pela aplicação das provas nas salas onde eles deveriam fazer o exame.
 
Estudantes que chegaram atrasados para o primeiro dia de provas em Brasília alegaram problemas de trânsito e de falta de transporte. Esse foi o caso de Bruno Gonçalves, de 20 anos, morador de São Sebastião, a cerca de 25 km do centro de Brasília. Ele disse ter saído de casa às 10h30.
Sem ônibus, por causa da greve de uma das empresas do transporte coletivo de Brasília, ele teve de pegar um transporte pirata e um táxi para chegar ao local de prova. Gastou R$ 23 no trajeto, mas ainda assim chegou atrasado. "Não almocei e perdi a prova. Agora é esperar o ano que vem e tentar passar para engenharia civil pelo Fies, Prouni, algo assim", afirmou.
O estudante Amauri Rodrigues, de 18 anos, morador do Recanto das Emas, foi ao local da prova de carro, com o pai, mas chegou oito minutos após o fechamento dos portões da escola onde faria a prova. Ele saiu de casa duas horas antes do início da prova.
"Pegamos muito trânsito para chegar aqui. É chato. Sentimento de frustração. Agora é esperar o ano que vem, né?" Rodrigues está no terceiro ano do ensino médio e queria fazer o Enem para poder se enquadrar no programa do governo Ciências sem Fronteiras.
Para a estudante Cintia Ferreira, de 18 anos, o atraso de um minuto custou o sonho de disputar uma vaga para medicina. Ela disse quese perdeu no caminho para o local do exame, em Brasília. "Moro no Gama [região do Distrito Federal a cerca de 30 km do centro de Brasília] e peguei o caminho errado. 'Tô 'triste, mas fazer o quê, né?", lamentou.

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