Há 2 anos, cemitérios públicos estão com a capacidade esgotada na capital

Não existe espaço para novos sepultamentos, diz secretário da Semsur.
Prefeitura anunciou construção de novo cemitério para 2015.

Veriana Ribeiro Do G1 AC

Novos sepultamentos não são realizados nos locais (Foto: Yuri Marcel/G1)

Com mais de 56 mil sepultamentos nos quatro cemitérios administrados pelo município, Rio Branco está há dois anos com a capacidade esgotada nos cemitérios públicos. Apenas no São João Batista, o maior cemitério do município, com 105 anos de atividade, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur)  contabiliza 35.395 sepultamentos e 9.247 construções, entre jazigos, jardineiras e gavetas.  Para sanar o problema, a Prefeitura anunciou nesta semana a construção de um novo cemitério em 2015.
Em Rio Branco, existem nove cemitérios, quatro de responsabilidade do município e o restante de iniciativas privadas ou concessões públicas. O secretário da Semsur, Kellyton Carvalho explica que os únicos sepultamentos que ainda ocorrem em cemitérios públicos são feitos em terrenos adquiridos por famílias há anos.

"Não há mais área disponível, os sepultamentos que ainda acontecem nesses cemitérios são áreas que as famílias já têm, terrenos já comprados e que agora eles fazem o uso na construções de novos jazigos, novas gavetas, mas é terra consolidada. Esses são os sepultamentos ainda  autorizados nos nossos cemitérios, fora isso, só temos os locais particulares que ainda fazem atendimento", afirma.
As pessoas que possuem lotes nos cemitérios podem legalizá-los pagando ao município uma taxa no valor de R$ 476. O valor anual da taxa para a manutenção e conservação dos lotes e jazigos é de R$ 47,66, valor também pago a cada nova gaveta construída.
Para as famílias de baixa renda, que não podem comprar terrenos em cemitérios particulares, é oferecido um serviço funerário social, realizado pela Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (Semcas). Famílias com renda comprovada de até 1/4 do salário mínimo vigente podem receber o beneficio e têm os gastos funerários e de manutenção custeados pelo município.
"A construção do novo cemitério é uma preocupação do município para prestar o melhor serviço, principalmente à comunidade mais carente. Esse sepultamento, através da  Secretaria de Assistência Social, é feito no momento em um cemitério particular de Rio Branco", explica Carvalho.

No Cemitério Cruz Milagrosa, são 964 sepultados.
  (Foto: Yuri Marcel/G1)

Cemitérios Públicos
Em Rio Branco, existem quatro cemitérios públicos: São João Batista, com 105 anos de funcionamento; Cruz Milagrosa , com 101 de atividade; Jardim São Francisco, com 34 anos e Jardim da Saudade com 29 anos.
O cemitério mais antigo é também o mais populoso. O Jardim da Saudade fica em segundo lugar com 19.278 sepultamentos e 3.653 construções. No Jardim São Francisco, criado em 1980, existem 1.017 defuntos e 152 jazigos, jardineiras e gavetas.
O cemitério da Cruz Milagrosa, batizado assim por causa da cruz que há no local e por sua alegada capacidade de realizar milagres, é o local com menos pessoas enterradas entre os quatro espaços públicos, são 964 sepultamentos. Ao todo 295 jazigos, jardineiras e gavetas foram construídas no local.

Obra do novo cemitério está orçado em
R$ 18 milhões (Foto: Divulgação/ PMRB)

Novo cemitério
O prefeito Marcus Alexandre anunciou na quinta-feira (30) a construção de um novo cemitério para 2015, que deverá sanar a falta de terrenos públicos para sepultamento por pelo menos 25 anos. O espaço será localizado na Estrada Transacreana, no km 06, em frente ao Cemitério Cruz Milagrosa. A obra está orçada em R$ 18 milhões e deve começar em 2015.
O novo cemitério ficará numa área de 20 hectares e terá características de um 'cemitério-jardim', em que não há a presença de monumentos e a única identificação é um placa de bronze ou outro tipo de material.