Sepultura de Etelvina D'Alencar é uma das mais visitadas na capital. Visitantes fizeram orações.
Etelvina D'Alencar é considerada popularmente como santa dos estudantes (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
Visitantes que passam pelo Cemitério São João Batista, situado na Zona
Centro-Sul de Manaus, mantém a tradição de homenagear Etelvina D'Alencar
- popularmente, considerada santa. Neste domingo (2), Dia de Finados, o
túmulo de "Santa Etelvina" foi dos mais visitados.De acordo com fiéis, depois do assassinato, a cearense teria feito aparições para diversas pessoas, espalhando mensagens de Deus. Embora não ter sido canonizada pelo Vaticano, Etelvina é considerada santa por muitos manauenses. Um bairro da Zona Norte da capital leva o nome da jovem.
Aposentada Maria de Nazaré agredeceu saúde da filha (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
No Dia de Finados, muitos fiéis visitam a sepultura de Etelvina
D'Alencar, feita pela Prefeitura da cidade. No local, os visitantes se
deparam com uma placa no túmulo com mensagem "mão perversa arrancou-lhe a
vida. Piedade do povo do Amazonas. Erguendo-lhe o monumento".A aposentada Maria de Nazaré, de 64 anos, visita o túmulo da santa popular desde 1966. "Em 1968, minha filha de três anos estava com uma pneumonia grave e os médicos diziam que a recuperação dela seria difícil devido ao avanço da doença. Fiz uma promessa para Santa Etelvina, me peguei na fé e minha filha ficou curada. Desde então, todos os anos acendo velas para agradecer esse milagre", disse a mulher.
Geralda Maciel há 20 anos visita a sepultura da jovem
(Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
A dona de casa Geralda Maciel Miranda, de 51 anos, frequenta o túmulo
da santa para pedir intercessão para os filhos e sobrinhos. Neste ano,
ela levou uma das filhas para visitar o jazigo de "Santa" Etelvina,
também considerada "santa dos estudantes".(Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
"Geralmente, venho no Dia de Finados, mas às vezes acendo velas em outras datas do ano. Há 20 anos, faço isso para agradecer em prol dos estudos dos meus três filhos e dos sobrinhos. Apesar dela não ter sido canonizada, sei da influência divina. Conheço um pouco da história porque minha avó contava", destacou a dona de casa.
Comércio informal
Enquanto centenas de pessoas visitam os jazigos de familiares falecidos, outra parte da população aproveita o Dia de Finados para comercializar flores, arranjos, velas bebidas e alimentos no Cemitério São João Batista.
Vendedores registram redução da venda de velas no
Dia de Finados deste ano
(Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
A venda de velas nos cemitérios em datas comemorativas é uma das
principais fontes de renda das irmãs Vanda Pereira da Silva, de 33 anos,
e Jackeline Pereira da Silva, de 28 anos. Entretanto, segundo elas, o
desempenho da comercialização do produto no Dia de Finados deste ano tem
sido desanimador. Nos últimos dias, mesmo mantendo a rotina
intensificada na porta do cemitério de Manaus, as irmãs não conseguiram alcançar o resultado de anos anteriores.Dia de Finados deste ano
(Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
De acordo com Vanda Pereira, nos dias que antecedem e no Dia de Finados a dupla chegar a vender 5 mil velas. Porém, na temporada deste ano, menos de 2 mil unidades foram vendidas.
"Há 25 anos, vendemos velas em datas comemorativas nos cemitérios de Manaus. Finados sempre vendemos mais, mas neste ano a venda de velas na data tem sido menor do que a do Dia das Mães e do Dia dos Pais", avaliou Jackeline Pereira.
Milhares de pessoas passaram pelo Cemitário de São João Batista (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
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