MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 2 de novembro de 2014

Fiéis visitam túmulo de jovem considerada santa, em Manaus


Sepultura de Etelvina D'Alencar é uma das mais visitadas na capital. Visitantes fizeram orações.

Adneison Severiano Do G1 AM
Etelvina D'Alencar é considerada popularmente santa dos estudantes (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)Etelvina D'Alencar é considerada popularmente como santa dos estudantes (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
Visitantes que passam pelo Cemitério São João Batista, situado na Zona Centro-Sul de Manaus, mantém a tradição de homenagear Etelvina D'Alencar - popularmente, considerada santa. Neste domingo (2), Dia de Finados, o túmulo de "Santa Etelvina" foi dos mais visitados.
Etelvina D'Alencar foi uma trabalhadora rural, natural de Boa Vista do Icó (Ceará), assassinada na capital amazonense. Em 17 de março de 1901, a jovem foi encontrada morta na então Colônia Campos Sales, localizada na Zona Oeste da cidade. Ela tinha se mudado com a família para a capital.
De acordo com fiéis, depois do assassinato, a cearense teria feito aparições para diversas pessoas, espalhando mensagens de Deus. Embora não ter sido canonizada pelo Vaticano, Etelvina é considerada santa por muitos manauenses. Um bairro da Zona Norte da capital leva o nome da jovem.
Aposentada Maria de Nazaré agredeceu saúde da filha (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)Aposentada Maria de Nazaré agredeceu saúde da filha (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
No Dia de Finados, muitos fiéis visitam a sepultura de Etelvina D'Alencar, feita pela Prefeitura da cidade. No local, os visitantes se deparam com uma placa no túmulo com mensagem "mão perversa arrancou-lhe a vida. Piedade do povo do Amazonas. Erguendo-lhe o monumento".
A aposentada Maria de Nazaré, de 64 anos, visita o túmulo da santa popular desde 1966. "Em 1968, minha filha de três anos estava com uma pneumonia grave e os médicos diziam que a recuperação dela seria difícil devido ao avanço da doença. Fiz uma promessa para Santa Etelvina, me peguei na fé e minha filha ficou curada. Desde então, todos os anos acendo velas para agradecer esse milagre", disse a mulher.
Geralda Maciel há 20 anos visita a sepultura da jovem (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)Geralda Maciel há 20 anos visita a sepultura da jovem
(Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
A dona de casa Geralda Maciel Miranda, de 51 anos, frequenta o túmulo da santa para pedir intercessão para os filhos e sobrinhos. Neste ano, ela levou uma das filhas para visitar o jazigo de "Santa" Etelvina, também considerada "santa dos estudantes".
"Geralmente, venho no Dia de Finados, mas às vezes acendo velas em outras datas do ano. Há 20 anos, faço isso para agradecer em prol dos estudos dos meus três filhos e dos sobrinhos. Apesar dela não ter sido canonizada, sei da influência divina. Conheço um pouco da história porque minha avó contava", destacou a dona de casa.
Comércio informal
Enquanto centenas de pessoas visitam os jazigos de familiares falecidos, outra parte da população aproveita o Dia de Finados para comercializar flores, arranjos, velas bebidas e alimentos no Cemitério São João Batista.
Vendedores registram redução da venda de velas no Dia de Finados deste ano (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)Vendedores registram redução da venda de velas no
Dia de Finados deste ano
(Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
A venda de velas nos cemitérios em datas comemorativas é uma das principais fontes de renda das irmãs Vanda Pereira da Silva, de 33 anos, e Jackeline Pereira da Silva, de 28 anos. Entretanto, segundo elas, o desempenho da comercialização do produto no Dia de Finados deste ano tem sido desanimador. Nos últimos dias, mesmo mantendo a rotina intensificada na porta do cemitério de Manaus, as irmãs não conseguiram alcançar o resultado de anos anteriores.
De acordo com Vanda Pereira, nos dias que antecedem e no Dia de Finados a dupla chegar a vender 5 mil velas. Porém, na temporada deste ano, menos de 2 mil unidades foram vendidas.
"Há 25 anos, vendemos velas em datas comemorativas nos cemitérios de Manaus. Finados sempre vendemos mais, mas neste ano a venda de velas na data tem sido menor do que a do Dia das Mães e do Dia dos Pais", avaliou Jackeline Pereira.
Milhares de pessoas passaram pelo Cemitário de São João Batista (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)Milhares de pessoas passaram pelo Cemitário de São João Batista (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)

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