No censo de 2010, apenas 150 mil argentinos – menos de 0,5% da
população de 41 milhões – se identificaram como negros. Ainda assim, nos
últimos anos, o país está recuperando suas raízes africanas. Neste
sábado (8), a Argentina comemora o Dia Nacional do Afro-Argentino,
graças a uma lei aprovada em 2013. “Escolhemos essa data em homenagem a
Maria Remédios del Valle – uma heroína na guerra da independência, que
trabalhou como enfermeira e lutou como militar”, diz Sara Chaves,
afro-uruguaia que vive em Buenos Aires e pertence ao Movimento Afro
Cultural argentino. “Ela ganhou o título de Capitã e Mãe da Pátria, mas
morreu na miséria no dia 8 de novembro”. A cantora Laura Omega sempre
soube de suas raízes africanas e que sua bisavó foi escrava. “Minha
família mantém viva a cultura negra, mas aqui a história dos negros é
ignorada”, disse. “Parece que não existem negros na Argentina, porque
muitos se misturaram aos brancos, para clarear a pele e não sofrer
discriminação. Mas não é verdade que nossos antepassados baixaram todos
dos navios de imigrantes, muitos vieram nos navios negreiros.” politica livre
Monica Yanakiew, Agência Brasil
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