O PGR Janot com a senadora Ana Amélia: saia justa.
Senadores do grupo dos "independentes" pediram
nesta terça-feira (25) ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a
abertura de investigação contra a presidente Dilma Rousseff. Os congressistas querem que o órgão investigue a
participação da petista na compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela
Petrobras, em 2006. Na época, Dilma era presidente do Conselho de Administração
da estatal que avalizou o negócio.
No pedido entregue a Janot, os senadores afirmam que Dilma
pode ter cometido crimes de enriquecimento ilícito e improbidade administrativa
ao autorizar a compra da refinaria. "Todos os fatos narrados, como se suspeita ocorridos,
em um país que notoriamente sofre com a falta de transparência na gestão
pública, levam à necessidade de tomada das providências legais cabíveis para
que seja investigada, em especial, a prática dos crimes previstos na lei 8.429
e outros que porventura se identifiquem", afirmam os senadores no pedido.
O grupo optou por recorrer ao Ministério Público antes de
pedir abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado para
investigar o episódio. Em ano eleitoral, os "independentes"
consideram que a CPI não terá o mesmo "êxito" que a procuradoria para
apurar a compra da refinaria.
Embora o Ministério Público investigue a compra desde o ano
passado, os "independentes" querem que o papel de Dilma no episódio.
O pedido de investigação tem apoio dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS),
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Jarbas Vasconcelos
(PMDB-PE), Pedro Taques (PDT-MT), Ana Amélia Lemos (PP-RS) e Cristovam Buarque
(PDT-DF).
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta
terça-feira (25) que a representação protocolada pela oposição na PGR
(Procuradoria-Geral da República) para investigar a responsabilidade da
presidente Dilma Rousseff na compra da refinaria Pasadena (EUA) pela Petrobras,
em 2006, tem "clara intenção" de transformar o caso em "embate
político-eleitoral".
Cardozo convocou uma coletiva de imprensa exclusivamente
para tratar do assunto, mas disse que o fez por conta própria, sem ter
conversado com a presidente a respeito, e com o objetivo de "esclarecer os
fatos". Isso porque, segundo ele, a representação apresenta "omissões"
e "inverdades" com o objetivo de politizar o caso.
"Tenho o dever de informar que nesta representação
nenhum fato novo foi apresentado. Nada além daquilo que já havia sido noticiado
pela imprensa, nada além do que já está sendo investigado foi acrescentado
nesse pedido à PGR e, portanto, nos parece a clara intenção desta representação
se projetar na perspectiva de transformar em embate político-eleitoral uma
investigação que deve ser feita de maneira absolutamente séria, rigorosa e
correta", disse o ministro. (Informações da Folha Poder)
BLOG DO CORONEL
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